O INSPER E ESTE REPOSITÓRIO NÃO DETÊM OS DIREITOS DE USO E REPRODUÇÃO DOS CONTEÚDOS AQUI REGISTRADOS. É RESPONSABILIDADE DO USUÁRIO VERIFICAR OS USOS PERMITIDOS NA FONTE ORIGINAL, RESPEITANDO-SE OS DIREITOS DE AUTOR OU EDITOR.CHARLES KIRSCHBAUM2022-10-082022-10-08201522362037https://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/4183Durante o debate sobre o atentado ao Charlie Hebdo no início deste ano, houve um grande número de artigos que se alinhavam em dois polos: “ir contra os ataques, mas mostrar como o C.H. era imoral”,2 ou “defender a liberdade de expressão, enfatizando que algo deveria ser feito em relação aos fundamentalistas”.3 De uma forma ou de outra, o foco era o Islã. Neste texto, gostaria de deslocar a discussão do Islã em direção a “religiões, em geral”, e queria deslocar o foco do possível abuso da liberdade de expressão por C.H., para falar de “liberdade de expressão, em geral”. Meu objetivo, portanto, é o de abordar algo mais amplo, que nos permita pensar o “Charlie Hebdo Affair” em perspectiva. Esse percurso segue três etapas: (1) remeter ao contexto institucional específico francês, (2) discutir a questão de justiça no embate declarado entre “liberdade de expressão” e “respeito”, para, finalmente, (3) retornar à “liberdade de expressão” enquanto valor público, conjuntamente com outros valores, como a tolerância.p. 1-15DigitalPortuguêsLiberalismo político e liberdade de expressão: o Charlie Hebdo affairejournal article