Todos os documentos presentes nesta Coleção podem ser acessados, mantendo-se os direitos dos autores pela citação da origem.Priscila RibeiroGabriel Yazigi Conte Braga2022-04-282022-04-282021https://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/3183Por meio deste trabalho acadêmico, objetiva-se avaliar a trajetória dos juros reais no Brasil, bem como encontrar um modelo adequado para a estimação da taxa de juros neutra. Esta é uma variável não observável e muito incerta, mas é de extrema importância para a condução da política monetária. Dentre os diferentes modelos de estimação dessa taxa, opta-se por seguir a metodologia de Ilan Goldfajn e Aurélio Bicalho utilizada no working paper “A longa travessia para a normalidade: os juros reais no Brasil”, de 2011. Assim como em outras literaturas, esse modelo de estimação separa o juro neutro em uma taxa de curto prazo e outra de longo prazo, sendo a primeira afetada por fatores conjunturais e a segunda por fatores estruturais. Olhando para o equilíbrio de longo prazo, constata-se que a dívida bruta do governo como proporção do PIB, a concessão de crédito na economia e o prêmio de risco do país explicam em grande parte o comportamento do juro neutro. Utilizando um modelo de regressão envolvendo esses três parâmetros, conclui-se que a melhoria institucional na injeção de crédito na economia acrescida da queda da dívida em relação ao PIB e do prêmio de risco possibilitaram que o juro neutro no Brasil entrasse em uma grande tendência de queda ao longo dessas duas décadas. Diante das incertezas geradas pela pandemia, opta-se por estimar a taxa até o fim de 2019 a fim de evitar distorções no modelo e, por fim, compara-se o resultado com as estimativas mais recentes do Banco Central, que apontam para uma taxa de juros neutra em 3,0%. A depender da distância entre essas duas estimativas, será avaliada a inclusão de novas variáveis no modelo que possam contribuir para aumentar a precisão dessa taxa.29 p.DigitalPortuguêsO Juro Real Neutro no Brasilbachelor thesis