Kiyokawa, FabrícioPreviato, Lucas Muniz2025-08-012025https://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/7978Este estudo analisa o impacto da pandemia de COVID-19 na estrutura de capital das empresas brasileiras listadas na B3. O trabalho investiga como o choque exógeno da pandemia alterou os padrões de endividamento corporativo, medido pela razão Passivo Total/Ativo Total, e as relações entre os determinantes tradicionais da estrutura de capital. Utilizando as teorias Trade-off e Pecking Order como fundamentação teórica, foi desenvolvido um modelo que examina como a pandemia do COVID-19 afetou as decisões de financiamento corporativo. A metodologia emprega modelos de dados em painel com efeitos fixos, controlando por características não observadas das empresas e efeitos temporais comuns. A amostra compreende 68 empresas não-financeiras listadas na B3 entre janeiro de 2018 e dezembro de 2024, totalizando 1.762 observações empresa-trimestre. Os resultados indicam que a pandemia causou um aumento estatisticamente significativo de 2,64 pontos percentuais no endividamento médio das empresas, representando um crescimento de 4,3% em relação ao nível pré-pandemia. O modelo apresenta alto poder explicativo (R² ajustado = 0,8279) e confirma as relações teóricas esperadas: empresas maiores e com maior tangibilidade de ativos apresentam maior endividamento, enquanto empresas mais rentáveis e com maior liquidez apresentam menor alavancagem. A análise setorial revela heterogeneidade nos impactos, com setores de tecnologia e bens de consumo não-cíclicos apresentando os maiores aumentos.This study analyzes the impact of the COVID-19 pandemic on the capital structure of Brazilian companies listed on B3. Using panel data from January 2018 to December 2024, we investigate how this exogenous shock altered corporate leverage patterns, measured by the Total Liabilities/Total Assets ratio, and the relationships between traditional capital structure determinants. Drawing on Trade-off and Pecking Order theories, it was developed a model that examines how the COVID-19 pandemic affected corporate financing decisions. The methodology employs fixed-effects panel data models, controlling for unobserved firm characteristics and common temporal effects. Our sample comprises 68 non-financial companies listed on B3, totaling 1,762 firm-quarter observations. Results indicate that the pandemic caused a statistically significant increase of 2.64 percentage points in average corporate leverage, representing a 4.3% growth relative to pre-pandemic levels. The model shows high explanatory power (adjusted R² = 0.8279) and confirms expected theoretical relationships: larger firms and those with higher asset tangibility present higher leverage, while more profitable firms with greater liquidity show lower leverage. Sectoral analysis reveals heterogeneous impacts, with technology and non-cyclical consumer goods sectors experiencing the largest increases.Digital28 p.PortuguêsEstrutura de CapitalCOVID-19Endividamento CorporativoDados em PainelB3Capital StructureCOVID-19Corporate LeveragePanel DataB3Emerging MarketsO impacto do COVID-19 na Estrutura de Capital das empresas brasileiras listadas na bolsa de valoresbachelor thesis