Navegando por Autor "Sousa, Mariana Orsini Machado de"
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Tese Essays on Wages, Firmas and Labor Dynamics(2022) Sousa, Mariana Orsini Machado deNo primeiro capítulo, esta tese avalia como a realocação de trabalhadores entre as firmas ao longo do ciclo econômico impacta a qualidade do match, sorting e, por fim, a produtividade agregada. O segundo e o terceiro capítulos, exploram o impacto da presença do mercado informal na rigidez de salários e seu papel nas oscilações de variáveis macroeconômicas como a taxa de desemprego. O Capítulo 1 utiliza a base de dados administrativos rica da RAIS para o Brasil, para estudar como a realocação de trabalhadores em recessões afeta o sorting, a qualidade do match e a produtividade agregada nos diferentes setores da economia. Minha primeira descoberta é que a porcentagem de novos trabalhadores que são melhores ranqueados aumenta em todos os setores, exceto na agricultura, durante as recessões. Portanto, en contro evidências de um efeito limpeza das recessões: novas contratações são melhores. A segunda conclusão, no entanto, é que a parcela de emprego gerada por firmas mais bem classificadas diminui durante as recessões, também para todos os setores. Assim, há adicionalmente um efeito adverso das recessões: os empregadores são piores. Em seguida, investigo a evolução da qualidade do sorting agregado e concluo que este melhora para todos os setores. Para finalizar, também examino como a realocação de trabalhadores, empregos e mudanças na qualidade do match afetam a produtividade agregada. Um ex ercício de decomposição mostra que a realocação durante as recessões impacta os setores de forma heterogênea. Uma análise contrafactual mostra que o setor de serviços, que de pende mais do trabalho, vê um impacto adverso maior nas recessões do efeito manchador, enquanto o efeito limpeza prevalece na manufatura. No Capítulo 2 (com Marco Bonomo e Miguel Bandeira), usamos dados brasileiros para investigar o efeito das transições de emprego dos trabalhadores de e para o setor informal na rigidez dos salários. Em primeiro lugar, nossa análise confirma fato bem estabelecido que os salários dos novos contratados são mais cíclicos do que os salários dos trabalhadores que não permanecem no emprego. Em segundo lugar, constatamos que a presença de um mercado de trabalho informal, não sujeito à regulamentação do emprego, aumenta a cicli cidade salarial proveniente das transições de emprego para emprego. Ou seja, uma vez que admitimos a existência de um mercado de trabalho informal, encontramos duas fontes de ciclicidade nos salários dos novos contratados: (i) mudanças de emprego dentro dos setores formal e informal ou de um setor para outro; (ii) novas contratações do desemprego para o setor formal. Depois de controlar esse efeito de composição, descobrimos que os salários de novas contratações de desemprego para empregos informais são tão cíclicos cíclicos quanto os salários dos trabalhadores que permanecem nas firmas. Demonstramos ainda a importância do mercado de trabalho informal para a ciclicidade salarial ao mostrar que nossos resultados são mais fortes em regiões com maior presença de informalidade, en quanto regiões brasileiras com menor informalidade apresentam menor ciclicidade salarial e maior volatilidade do desemprego. Finalmente, no capítulo 3 (com Marco Bonomo e Miguel Bandeira), investigamos como a presença da informalidade afeta as flutuações macroeconômicas por meio de seu impacto na rigidez salarial. Motivados pela evidência empírica de que a ciclicidade salar ial das transições de emprego para emprego é afetada pela existência do setor informal e pelas transições de emprego dentro do setor informal, desenvolvemos um modelo RBC com fricções de search e match e um setor informal capaz de replicar os fatos microe conômicos. Usamos este modelo para investigar como a informalidade afeta as respostas do desemprego e do produto a diferentes tipos de choque. Constatamos que a presença de um mercado de trabalho informal com salários relativamente mais flexíveis atenua o impacto de curto prazo da rigidez salarial sobre os salários gerais, preços e flutuações do emprego. Além disso, o modelo faz um bom trabalho ao replicar as evidências empíricas sobre as dinâmicas de emprego formal e informal em períodos de expansão. À medida que os salários informais se ajustam mais rapidamente, a criação de empregos nesse setor acaba sendo contracíclica.