Coleção de Policy Papers
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Policy Paper Políticas de Inovação no Brasil(2014) NAERCIO AQUINO MENEZES FILHO; Komatsu, Bruno Kawaoka; Lucchesi, Andrea; Ferrario, MarcelaA produtividade do trabalho no Brasil cresceu apenas 0,4% ao ano entre 1996 e 2005 e 2% entre 2006 e 2011, abaixo de vários países emergentes. Para aumentar o crescimento da produtividade é necessário aumentar a taxa de inovações diretas por parte das empresas, a absorção de tecnologia dos países na fronteira e a realocação da produção e do emprego para as firmas mais eficientes. A inovação e a capacidade de absorção dependem da concorrência no mercado, políticas de incentivos, capital humano e práticas gerenciais. Apesar de várias políticas de incentivos à inovação, o Brasil tem baixa produção de patentes e gastos em P&D, principalmente no setor privado. Isso ocorre porque a maior parte dos incentivos acaba sendo absorvida por um número pequeno de grandes empresas. Além disso, o governo brasileiro tem fornecido várias formas de proteção e subsídios para essas empresas, o que desestimula a concorrência e a adoção de práticas gerenciais modernas. Por fim, o país tem carência de capital humano, pois a qualidade da educação básica é muito ruim e o número de graduados nas áreas científicas pequeno. Esses fatores explicam a falta de inovações no Brasil. Para aumentar a taxa de inovações e o crescimento da produtividade o Brasil precisa estimular a concorrência, com redução de tarifas de importação e impostos, diminuição da burocracia para abertura de novas firmas e fechamento de empresas ineficientes. Além disso, é necessário melhorar a qualidade da nossa educação básica, aproximar as universidades das empresas e coordenar nossos esforços de inovação.