Coleção de Policy Papers
URI permanente para esta coleçãohttps://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/6761
Navegar
2 resultados
Resultados da Pesquisa
Policy Paper Quem poupa no Brasil?(2018) Rodrigues, Mateus Santos; NAERCIO AQUINO MENEZES FILHO; Komatsu, Bruno KawaokaEste estudo procura analisar a evolução e as principais características da poupança das famílias ao longo das últimas décadas. São analisadas a poupança média por décimo de renda para três Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) sob duas óticas. A primeira é baseada em aplicações financeiras, gastos com imóveis, automóveis, bens duráveis e capital humano (em termos líquidos). A segunda é baseada na comparação entre renda e despesa de cada domicílio. Além disso, construímos um índice para inferir o grau de concentração de poupança para a economia brasileira. Observamos um aumento da poupança média pela primeira ótica e uma redução a partir da segunda ótica, considerando o período entre 1995-1996 e 2008-2009. Os resultados também mostram que a poupança esteve extremamente concentrada nos décimos mais altos da distribuição de renda nos últimos 20 anos. As famílias 10% mais ricas são responsáveis por mais de 70% da poupança através de ativos financeiros, enquanto os 50% mais pobres respondem por apenas 5%. Além disso, a comparação entre renda e despesa mostra que os décimos mais baixos da distribuição de renda apresentam poupança negativa, indicando um endividamento consistente das famílias mais pobres. Também encontramos uma heterogeneidade quanto à concentração de poupança entre as macrorregiões do país, sendo que a poupança é consistentemente menos concentrada no Sul e no Sudeste. Por fim, mostramos que a implementação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), em 1996, e, posteriormente, a redução da idade mínima de acesso ao benefício, em 2003, não tiveram efeitos significativos de reduzir a poupança para todas as categorias consideradas.Policy Paper O efeito da criação do BPC sobre a poupança familiar(2019) Gandra, Pedro Jose Correa e Castro; Rodrigues, Mateus Santos; NAERCIO AQUINO MENEZES FILHO; Komatsu, Bruno KawaokaEste estudo procura avaliar se a implementação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em 1996 teve um impacto negativo sobre a poupança familiar. À medida que o BPC se caracteriza como uma aposentadoria não-contributiva aos seus favorecidos, verificamos se sua introdução poderia alterar as decisões de consumo presente, reduzindo a poupança. Utilizamos os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) em suas edições de 1995-1996 e 2002-2003 para calcular a poupança por duas óticas: a primeira baseada em aplicações financeiras, gastos com imóveis, automóveis, bens duráveis e capital humano (em termos líquidos) e a segunda, baseada na comparação entre renda e despesa de cada domicílio. Nossos resultados usando regressões de diferenças-em diferenças indicam que o BPC não produziu o efeito conjecturado sobre as categorias de poupança analisadas porque as famílias elegíveis ao benefício têm pouca margem para alterar sua poupança, pois sua renda é muito baixa frente às necessidades básicas de consumo.