Mestrado Profissional em Economia
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Dissertação O comportamento do preço de IPOs ao redor do vencimento do lock-up(2013) Castro, Cristiano S. C. Monteiro DeAs ofertas públicas iniciais no Brasil possuem um instrumento de regulação chamado lock-up o qual serve para garantir a permanência dos acionistas majoritários por um período enquanto a ação estiver lançada na bolsa como forma de evitar um conflito entre acionistas majoritários e minoritários. Esse lock-up é de 180 dias para 40% do volume ofertado e 360 dias para os 60% restantes. Foram analisados o comportamento de 116 ofertas públicas iniciais entre 2004 e 2012 com o objetivo de verificar o comportamento dos retornos e volume por meio da metodologia de estudos de eventos. Verifica-se que existe tanto variação dos retornos quanto do volume após o vencimento dos lock-ups, mas observa-se que a queda de preço é menor quando há a presença de fundos de Private Equity ou Venture Capital na estrutura societária dos IPOs,Dissertação O efeito certificador da presença de fundos de Private Equity na composição acionária de IPOs no Brasil.(2021) Asbahr, Fernando Augusto CasagrandeCom a estabilidade econômica brasileira após 2016, a disposição das empresas em buscarem recursos via mercado de capitais cresceu, impulsionado assim o volume de IPO (Inicial Public Offering). Apesar deste maior número de investidores, vários estudos identificam um problema informacional ao redor da emissão. Para as empresas que realizaram IPO foram encontrados retorno acionário elevado no curto prazo e de baixo no longo prazo. Além disto, a empresa que vai acessar o mercado deve possuir profundidade e experiência para realizar uma oferta pública de sucesso, bem como, bom conselho de administração, estabelecimento de comitês apropriados e, consequentemente, uma gestão profissional. Essa gestão profissional, em geral, é realizada por fundos de private equity (PE) com objetivo de fornecer capital as empresas fechadas, geralmente com altos potenciais de retorno, sob a ótica de no futuro realizar a saída deste investimento. A literatura sobre a presença de fundos PE na gestão das empresas se ancora, principalmente, na duração e persistência deste efeito ao longo do tempo. Os estudos, em geral, encontram evidências favoráveis de que IPOs com a presença de fundos PE tem desempenho superior as empresas sem PE. Com o intuito de verificar estes efeitos foram investigados os desempenhos de 160 IPOs emitidos no Brasil de 2004 a 2019, com e sem a presença de PE e comparados entre si. Foram analisados o retorno anormal das ações (BHAR - Buy and Hold Abnormal Returns) no primeiro dia, 12, 24 e 36 meses após a oferta pública inicial e o desempenho operacional através dos indicadores: variação da receita total; variação de ativos totais; ROA; Ebitda/Ativos; ROIC, Alavancagem e Q de Tobin ajustado, no período de 1, 2 e 3 anos após a emissão. Foi possível identificar que as empresas com PE tiveram retornos mais positivos (ou menos negativos) para 12, 24 e 36 meses via ótica Equal Weighted através da análise via benchmark de 18,9%, 37,2% e 26,0%, contra 3,7%, 8,2% e 14,2% para as sem PE no mesmo período. Foi identificado também uma queda nos indicadores de Ebitda/ativos, variação das receitas, total de ativos e Q de Tobin ajustado para a totalidade da carteira até 3 anos após o IPO. Apesar do efeito negativo para a carteira, é possível verificar que o grupo com PE teve menor queda no Q de Tobin ajustado que o grupo composto pelas empresas sem PE com relevância estatística. Além disto, as empresas com PE se mostraram com uma redução na alavancagem a partir do primeiro ano após a emissão da ação.