DARCIO GENICOLO MARTINS
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Trabalho de Conclusão de Curso O efeito da densidade comercial na criminalidade em São Paulo: evidências da lei de zoneamento de 2016(2024) Pastore, Guilhermo ArgentieriÉ amplamente discutida nos dias atuais a segurança em espaços urbanos e como ela dialoga com a concentração de pessoas nos espaços, estando elas em residências ou em comércios. Apesar de muito se acreditar que uma maior concentração comercial torna os espaços mais povoados e movimentados gerando mais segurança, evidências mostram que em certos casos, uma maior concentração comercial leva a mais crimes de rua, homicídios, e agressões. No entanto, resultados também mostram que um aumento de densidade tanto comercial quanto populacional pode diminuir a probabilidade de tais ocorrências. Além disso, áreas com maior densidade populacional mostraram menor ocorrências criminais. O intuito deste trabalho é mapear todas essas evidências e observar como tais efeitos se comportam na cidade de São Paulo, a qual tem um perfil demográfico e socioeconômico consideravelmente complexo e diverso. Tal efeito será medido a partir da influência da lei de zoneamento de 2016 na criminalidade.Trabalho de Conclusão de Curso Efeitos do programa Reintegra na produção: Uma análise econométrica do período pós-2015(2025) Viso, João Pedro Benatti doEste trabalho investiga os efeitos do Programa Reintegra sobre a produção industrial brasileira, com foco na relação entre exportações monetárias e o índice de produção industrial. A análise utiliza dados mensais do período de 2010 a 2019, contemplando variáveis de controle como taxa de câmbio real e PIB mundial. Aplicou-se a metodologia de regressão linear com transformação logarítmica para o índice geral da indústria de transformação e para os cinco setores mais e menos exportadores, permitindo a avaliação de heterogeneidades setoriais. Para testar a existência de quebras estruturais na relação exportações-produção, foi utilizado o Teste de Chow. Os resultados apontam para uma mudança estrutural significativa no comportamento da indústria após a implementação do programa, especialmente no índice geral e nos setores com maior vocação exportadora. Observou-se que, em alguns setores, como o químico e o de metalurgia, houve aumento da sensibilidade da produção às exportações, enquanto outros, como o setor automotivo e o vestuário, apresentaram respostas opostas ou nulas. A análise de magnitude dos coeficientes de regressão reforça a assimetria dos impactos do Reintegra, indicando que a efetividade da política variou conforme a estrutura produtiva, inserção internacional e dependência de demanda interna de cada setor. Conclui-se que políticas horizontais de incentivo à exportação, como o Reintegra, produzem efeitos heterogêneos e que sua formulação deve considerar as especificidades setoriais para alcançar maior eficácia.Trabalho de Conclusão de Curso Comércio Intraindústria: Análise do desenvolvimento da indústria automobilística em Brasil e Mercosul.(2025) Sinimbu, Diogo BentoEste artigo busca analisar detalhadamente os indicadores do comércio intraindústria no setor automobilístico entre o Brasil e os demais países do Mercosul. O setor automotivo tem sido historicamente um dos pilares das relações comerciais dentro do Mercosul, com Brasil e Argentina desempenhando papéis centrais como produtores e exportadores de veículos e componentes. O estudo fundamenta-se nas teorias de comércio internacional, complementadas por estudos que examinam os indicadores de comércio intraindústria, tanto vertical quanto horizontal, em diversos setores e países. A principal abordagem teórica utilizada é o Índice de Grubel-Lloyd, que mensura o grau de integração comercial dentro de um setor econômico, relacionando as exportações e importações de produtos similares entre os países envolvidos.Relatório de Iniciação Científica Entre a lei e os números: um estudo sobre casamento infantil e gravidez na adolescência no Brasil.(2025) Faria, Felippe Furtunato deCasamento infantil, definido como a união formal ou informal em que pelo menos uma das partes possui menos de 18 anos, permanece um desafio social e econômico no Brasil, mesmo após reformas legislativas recentes. Em 2022, cartórios registraram mais de 15 mil casamentos com menores, incluindo 260 envolvendo indivíduos com menos de 16 anos. No mesmo período, ocorreram 143.786 nascimentos de mães menores de 18 anos, dos quais 12.142 de meninas com 14 anos ou menos, grupo para o qual a legislação presume violência sexual. Este projeto de pesquisa foi desenvolvido para aprofundar o conhecimento sobre o casamento infantil e a gravidez na adolescência no Brasil, visando a produção de subsídios para políticas públicas. A metodologia adotada dividiu-se em duas frentes complementares: (i) uma análise do arcabouço legal que regulamenta o casamento e a gravidez de menores de 18 anos; e (ii) um estudo descritivo da prevalência de uniões formais e informais e da maternidade precoce, fundamentado em dados do Registro Civil, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). A análise revelou que o perfil predominante das vítimas de uniões precoces é de adolescentes do sexo feminino, autodeclaradas pretas ou pardas, na faixa etária de 16 a 17 anos. Observou-se uma redução acentuada nos casamentos civis envolvendo menores de 18 anos, bem como nos nascimentos decorrentes dessas uniões. Contudo, é importante notar que essa tendência de queda já era observada antes da reforma legislativa de 2019. Além disso, foram identificadas disparidades regionais relevantes, indicando que o fenômeno não ocorre de maneira uniforme no território nacional. Por fim, a persistência da subnotificação, especialmente em uniões informais, representa um obstáculo significativo para a mensuração precisa da magnitude do problema e para a avaliação da efetividade das intervenções.