O efeito da densidade comercial na criminalidade em São Paulo: evidências da lei de zoneamento de 2016

Abstract

É amplamente discutida nos dias atuais a segurança em espaços urbanos e como ela dialoga com a concentração de pessoas nos espaços, estando elas em residências ou em comércios. Apesar de muito se acreditar que uma maior concentração comercial torna os espaços mais povoados e movimentados gerando mais segurança, evidências mostram que em certos casos, uma maior concentração comercial leva a mais crimes de rua, homicídios, e agressões. No entanto, resultados também mostram que um aumento de densidade tanto comercial quanto populacional pode diminuir a probabilidade de tais ocorrências. Além disso, áreas com maior densidade populacional mostraram menor ocorrências criminais. O intuito deste trabalho é mapear todas essas evidências e observar como tais efeitos se comportam na cidade de São Paulo, a qual tem um perfil demográfico e socioeconômico consideravelmente complexo e diverso. Tal efeito será medido a partir da influência da lei de zoneamento de 2016 na criminalidade.

The issue of safety in urban spaces and its interaction with population density, whether in residential or commercial areas, is widely discussed nowadays. While it is commonly believed that higher commercial concentration leads to more populated and bustling spaces, potentially enhancing security, evidence suggests that in certain cases, increased commercial density can result in more street crimes, homicides, and assaults. Nevertheless, findings also indicate that an increase in both commercial and population density can reduce the likelihood of such occurrences. Furthermore, areas with higher population density have shown lower crime rates. The purpose of this study is to map all these pieces of evidence and observe how these effects manifest in the city of São Paulo, which exhibits a considerably complex and diverse demographic and socioeconomic profile. These effects will be measured by the influence of the zoning law fo 2016 on crime rates.