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Submissões Recentes

Trabalho de Conclusão de Curso
Taxa de congestionamento em São Paulo: equalização dos custos entre usuários do transporte público e privado
(2024) Gun, David
O congestionamento é um problema grave nas metrópoles brasileiras, que afeta a qualidade de vida das pessoas que vivem e trabalham nessas cidades, assim como seu ambiente econômico. Neste artigo, estudo o caso de São Paulo, que é a maior e mais congestionada cidade do país, e proponho a taxa de congestionamento como uma mitigação para o problema. A taxa de congestionamento é um valor que os motoristas pagam para usar as vias públicas numa determinada área da metrópole (isto é, o centro expandido da cidade). A taxa funciona como um imposto Pigouviano, fazendo com que os motoristas internalizem as externalidades negativas do trânsito, como a poluição e os acidentes. Ademais, serve como um dissuasor do uso do transporte privado, incentivando o uso de modais alternativos, como o transporte público e bicicleta, ao aumentar o custo de transitar por meio de automóveis. O artigo apresenta o conceito, estudo das implementações em outras cidades do mundo, fundamentação teórica e estima os efeitos da implementação da Taxa de Congestionamento na cidade de São Paulo, indicando uma redução na probabilidade de escolha de quase 8% do automóvel com a política proposta.
Trabalho de Conclusão de Curso
Green Bonds no mercado brasileiro. Um estudo sobre a motivação de emissores e investidores
(2024) Macedo, Fábio Lobo Faro
O presente trabalho busca estudar e compreender de maneira mais próxima da realidade brasileira, a emissão de green bonds por parte das empresas nacionais. De acordo com o jornal Valor Econômico, em matéria publicada no dia 10 de novembro de 2023, o governo brasileiro declarou que os green bonds já estão regulamentados e logo seriam emitidos como títulos soberanos do governo, reforçando cada vez mais que essa nova modalidade de investimento estará presente no dia a dia de investidores e empresas. Pouco tempo depois, no dia 14 de novembro 2023 o governo brasileiro captou US$ 2 bi na primeira oferta do Brasil de green bonds. O trabalho faz uso de uma extensa bibliografia, que contempla desde estudos de caso de países com um mercado mais maduro até relatórios técnicos de títulos emitidos pelas empresas brasileiras. Com base nelas foram encontradas algumas respostas preliminares, que nortearão o estudo autoral. No que tange a motivação de investidores e emissores, temos que os principais incentivos não são financeiros, principalmente para os investidores (Maltais & Nykvist, 2020). Ademais, os green bonds como instrumentos para uma transição em busca de uma economia sustentável ainda não parecem fazer o efeito esperado (Tuhkanen & Vulturius, 2020), mas possuem essa força de atuação. Por fim, com base em alguns resultados da literatura encontrada, um estudo com empresas e investidores brasileiros foi endereçado por meio de entrevistas, visando encontrar evidencias que dialogam com as bibliografias já utilizadas. No Brasil, diferentemente do que Maltais & Nykvist encontraram, não há um consenso sobre o benefício financeiro para empresas e nem para investidores. Por outro lado, a motivação reputacional é presente em ambos os lados e é um importante passo para uma mudança cultural estrutural. Ainda sobre a mudança cultural, os green bonds atualmente não são uma boa ferramenta para a transição da economia atual para uma mais verde, mas possuem esse papel, conforme afirmam Tuhkanen & Vulturius. Para de fato exercerem esta função é preciso serem hegemônicos nas carteiras dos investidores, o que certamente levará tempo e precisará de respaldo das regulamentações. Todavia, os investidores que são pioneiros neste investimento, já contribuem para um impacto social, em linha com Aguilera & Rupp & Williams & Ganapathi. A respeito do ambiente regulatório no Brasil, não há instabilidade, uma vez que o mercado privado se organizou de tal forma a preencher o vazio deixado pela falta de um arcabouço regulatório legal.
Trabalho de Conclusão de Curso
Efeitos da utilização de coparticipação nos níveis de reajuste de preço dos planos de saúde
(2024) Centeno, Felipe Paixão Côrtes
A pandemia de Covid-19 gerou uma demanda reprimida de procedimentos e exames eletivos que acabou se expressando de forma intensa ao seu fim, o que aumentou a frequência de utilização de serviços de saúde e, consequentemente, os custos das operadoras de saúde. Uma das alternativas para a maior racionalização dos sinistros e maior previsibilidade de custos é a presença de fatores moderadores nos planos de saúde, como a coparticipação, que mitiga a ocorrência do fenômeno do risco moral. O intuito deste projeto é, através de dados fornecidos pela ANS, entender os efeitos da utilização de coparticipação nos níveis de reajuste de preço das mensalidades das operadoras de saúde, aplicando como estratégia empírica um modelo de efeito aleatório. Os resultados indicam que a coparticipação tem sido relevante para a aplicação de menores níveis de reajuste de preço de planos de saúde coletivos no Brasil, uma vez que esses planos têm em média reajustes 0,59 pontos percentuais menores do que planos sem coparticipação.
Trabalho de Conclusão de Curso
Análise de Incentivos para Alavancagem de Grandes Empresas Brasileiras
(2024) Fausto, Frederico Benyunes
Esse trabalho tem como objetivo prever quais incentivos que grandes empresas brasileiras têm para alavancar suas operações. Para tal, baseia-se no histórico de recuperações judiciais (bailouts) realizados ao longo de crises financeiras, nas quais Bancos Centrais e Uniões buscavam juntar as pontas de uma economia dependente de tais empresas para seu funcionamento. Além disso, utilizando-se do arcabouço de jogos de indução retroativa e equilíbrio Bayesiano, busca-se encontrar a forma matemática na qual esses incentivos e intenções estão dispostos na economia. Por fim, procura-se comparar o modelo proposto a situações ocorridas no cenário brasileiro, como, por exemplo, a fraude de balanços da Americanas de 2023.