O presente trabalho tem o objetivo de analisar os impactos da adoção da política de metas de inflação nas taxas de inflação, no crescimento do produto e nos superávits fiscais primários utilizando um conjunto de 46 países emergentes durante o período de 1980 a 2012. Os resultados obtidos pelo painel apontam que países que passaram a adotar as metas inflacionárias tiveram menores taxas de inflação sem efeitos prejudiciais ao crescimento, entretanto não foi observado um trade-off de curto prazo positivo entre inflação e crescimento. Por final, a adoção das metas não levou a maiores taxas de superávits pelos países.
Este artigo analisa a relação entre inflação e crescimento e a adoção do regime de metas inflacionárias, examinando 46 países emergentes entre 1980 e 2006. Este painel detectou a existência de um efeito heterogêneo no desempenho dos países que adotaram o regime de metas, que causa um efeito médio redutor na inflação e no crescimento. Em termos do trade-off entre inflação e crescimento, o efeito em cada país é distinto, revelando um ônus (ou bônus) na obtenção da credibilidade do regime. Observa-se ainda a diminuição do efeito redutor na inflação ao longo do tempo.
