Iniciação Científica e Tecnológica
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Relatório de Iniciação Científica Como as empresas podem lidar com a ascensão do populismo?(2024) Barros, Marina Abib Fernandes deA ascensão de regimes populistas é um fenômeno cada vez mais frequente, destacando a relevância do estudo de suas consequências para o setor privado. Esta pesquisa faz uma revisão da literatura disponível para explicar como o populismo afeta as empresas. Além disso, o trabalho discute como as empresas podem agir para prevenir eventuais consequências negativas decorrentes da relação com regimes populistas. Para tanto, é apresentada uma definição de “populismo” baseada em seis dimensões: (1) ideologia “maniqueísta”; (2) discurso “anti-establishment”; (3) conjunto limitado de ideias e valores – ou “thin ideology”; (4) soluções simplistas; (5) apelos emocionais; e (6) figura do líder carismático. A pesquisa mostra que o populismo provoca mudanças rápidas e frequentemente imprevisíveis nas instituições, gerando incertezas que afetam a ação empresarial. Diante de tal cenário desafiador, discute-se a importância das estratégias de “não-mercado” para a sobrevivência das organizações do setor privado, uma ferramenta que permite às empresas antecipar, entender e reagir às mudanças no ambiente institucional.Relatório de Iniciação Científica Suficiência e Sustentabilidade: Compreendendo os Padrões de Consumo nas Gerações X e Z(2024) Carvalho, Maria Fernanda PizarroEste estudo realiza uma investigação sobre as práticas de consumo suficiente entre as gerações X e Z, destacando as diferenças e semelhanças na forma como cada grupo lida com conceitos emergentes como suficiência e economia circular. A pesquisa se fundamenta em uma revisão semi-sistemática de literatura que abrange as principais teorias sobre consumo consciente, sustentabilidade e as dinâmicas específicas que moldam o comportamento de consumo de diferentes gerações. Além disso, essa revisão permitiu identificar lacunas e oportunidades na literatura existente, especialmente no que tange à aplicação prática desses conceitos em contextos reais de consumo. Para complementar a revisão teórica, foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas com representantes das gerações X e Z, buscando explorar as motivações, atitudes e comportamentos que influenciam suas decisões de consumo. As entrevistas permitiram uma análise detalhada das diferenças geracionais, revelando como cada grupo percebe e aplica o conceito de suficiência em seu dia a dia. Este método qualitativo foi essencial para captar as nuances das práticas de consumo, proporcionando uma visão mais rica e contextualizada sobre como esses indivíduos interpretam a suficiência em um mundo cada vez mais orientado pela sustentabilidade. A análise qualitativa dos dados coletados revelou padrões de comportamento distintos entre as duas gerações. A geração Z mostrou-se mais propensa a adotar práticas de consumo consciente e sustentável, frequentemente impulsionada por uma preocupação com o futuro do planeta e por uma identidade fortemente ligada a causas sociais. Em contraste, a geração X, apesar de demonstrar um engajamento significativo com a sustentabilidade, tende a priorizar aspectos como o custo-benefício e a funcionalidade dos produtos, refletindo uma visão mais prática e menos idealista do consumo. Este estudo também destaca como as expectativas iniciais da pesquisadora foram desafiadas ao longo do processo, especialmente no que diz respeito à percepção das diferenças entre as gerações. Embora se esperasse que a geração Z fosse significativamente mais comprometida com práticas sustentáveis, a pesquisa mostrou que a geração X também valoriza a suficiência, ainda que de maneira distinta, sublinhando a complexidade das práticas de consumo entre diferentes grupos etários. As descobertas desta pesquisa contribuem para uma compreensão mais profunda das tendências contemporâneas de consumo e suas implicações para a sustentabilidade. Este trabalho oferece insights valiosos para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias de marketing voltadas para a promoção de práticas de consumo mais responsáveis, sublinhando a necessidade de abordagens adaptativas que considerem as particularidades geracionais, possibilitando um impacto mais efetivo e abrangente.Relatório de Iniciação Científica Inserção da produção científica em empreendedorismo.(2024) Giorgi, Maria EduardaNo presente estudo tem como objetivo analisar o desenvolvimento da produção científica na área do empreendedorismo desde 1959 até 2022. O estudo utiliza uma base de dados com todos os artigos publicados nesse período para analisar como o empreendedorismo foi abordado em instituições acadêmicas ao redor do mundo, especialmente nas instituições periféricas e semi-periféricas. O artigo traça um panorama histórico do termo ”empreendedorismo”, cunhado em 1755, mas somente se torna objeto de produção científica no século XX. A pesquisa inicia-se com o artigo ”Managers and Entrepreneurs: A Useful Distinction?”publicado em 1959. Desde então, mais de 12 mil artigos foram publicados em 25 revistas científicas, com destaque para cinco revistas principais: Journal of Small Business Management, Small Business Economics, Technovation, Journal of Business Venturing e Entrepreneurship: Theory & Practice. A metodologia do estudo foca na análise quantitativa de variáveis como ano de publicação, journal, instituição, autor e palavras-chave. Os dados revelam um crescimento significativo na produção de artigos nas décadas de 1980 e 1990, com um pico nas publicações a partir da década de 2000. As universidades americanas dominaram inicialmente, mas instituições europeias e de outros continentes foram ganhando espaço ao longo do tempo. Entre as instituições com mais artigos publicados, destacam-se a Indiana University, a University of North Carolina e a Erasmus University Rotterdam, embora juntas representem apenas 3,1% do total de publicações. Em termos de palavras-chave, ”Entrepreneurship”, ”Small Business”e ”Business Enterprises”foram as mais citadas, refletindo o foco da pesquisa ao longo dos anos. Ao longo das décadas, o estudo identifica os autores mais prolíficos, com destaque para Mike Wright, que lidera as publicações desde os anos 2000. A análise revela que as publicações sobre empreendedorismo passaram a contar com colaborações internacionais mais diversificadas, incluindo autores e instituições fora do eixo Estados Unidos-Europa. O relatório conclui que a produção científica em empreendedorismo evoluiu significativamente, com um aumento no número de publicações e a diversificação das instituições envolvidas, refletindo a crescente importância do tema no contexto global acadêmico. As análises por década demonstram mudanças no cenário das publicações, com o empreendedorismo ganhando destaque em diferentes regiões e adaptando-se a novos contextos acadêmicos e econômicos.