Artigos Acadêmicos e Noticiosos
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Artigo Científico Trabalho infantil no Brasil: rumo à erradicação(2011) RICARDO PAES DE BARROS; Mendonça, Rosane Silva Pinto deNeste trabalho documentamos o progresso ocorrido no país quanto à redução do trabalho infantil entre 1992 e 2009 e os desafios que ainda precisam ser enfrentados para a sua completa erradicação. O Brasil tem sido bem-sucedido nas políticas adotadas para a erradicação do trabalho infantil, que tem declinado de forma acentuada desde início dos anos 1990. Apesar da melhoria nas condições socioeconômicas das famílias, as políticas específicas voltadas para a erradicação do trabalho infantil têm sido o fator mais relevante para a redução da incidência de crianças no mercado de trabalho, respondendo por mais de 80% da queda do trabalho infantil em 15 anos. Mas, a despeito de todo o progresso alcançado, o contingente de crianças trabalhando ainda é elevado e a incidência é muito maior nos grupos socioeconômicos mais vulneráveis, onde a ocorrência do trabalho infantil é quatro vezes a média nacional.Artigo Científico Como famílias de baixa renda em São Paulo conciliam trabalho e família?(2017) Madalozzo, Regina Carla; Blofield, MerikeEmbora a participação das mulheres no mercado de trabalho tenha aumentado, a comparação entre a carga de responsabilidade familiar entre homens e mulheres e seus diferentes impactos na vida pessoal e profissional de pais e mães ainda é bastante desigual. Partindo de uma pesquisa representativa de 700 mães e pais com crianças pequenas e residentes em bairros de baixa renda em São Paulo, esse artigo analisa a diferença de gênero no mercado de trabalho, sua relação com as responsabilidades familiares e acesso a creches e pré-escolas para seus filhos nesta classe social. A análise desses dados permite concluir que os impactos do conflito trabalho-família são desproporcionais para as mães, independente de preferirem ou não permanecer no mercado de trabalho. Políticas de coparticipação do Estado e dos pais no cuidado são indicadas para redução desse conflito.Artigo Científico American way of life e jeitinho brasileiro: como afetam a oferta de trabalho das mulheres(2017) Madalozzo, Regina Carla; Segantini, PriscyllaO presente estudo é pioneiro em comparar Brasil e Estados Unidos quanto aos fatores, em especial os ligados ao uso do tempo, que causam a disparidade na oferta de trabalho entre os gêneros. Usando como bases de dados a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – Pnad (2011) e a American Time Use Survey – Atus (2011) e os modelos de regressões lineares com correção de Heckman como Regressões Quantílicas Não Condicionadas, o estudo conclui que, em ambos os países, o fato de ser mulher impacta negativamente as horas semanais dedicadas ao mercado de trabalho. Também verificou-se que as horas de trabalho doméstico impactam de maneira negativa as horas ofertadas ao mercado de trabalho, mas o impacto é significativamente mais forte e mais negativo para as mulheres do que para os homens. As regressões quantílicas permitem uma análise mais detalhada desses efeitos, em especial, o impacto do aumento das horas dedicadas ao trabalho doméstico ser mais elevado para mulheres com baixa participação no mercado de trabalho do que para mulheres que já oferecem um maior número de horas ao mercado. O inverso é encontrado para remuneração, em que observa-se uma curva de oferta de trabalho negativamente inclinada para as mulheres brasileiras dos quantis mais elevados da distribuição de horas de trabalho no mercado.Artigo Científico Mobilidade entre ocupações e efeitos salariais(2008) Flori, Priscilla Matias; NAERCIO AQUINO MENEZES FILHOEste trabalho tem o objetivo de analisar a mobilidade entre ocupações no mercado de trabalho brasileiro, procurando identificar seus efeitos sobre o salário. Apesar de sua importância, esse assunto tem recebido pouca atenção na literatura sobre a desigualdade de renda no Brasil. Primeiramente, faz-se uma breve descrição dos dados para as seis ocupações que serão utilizadas – dirigentes, profissionais das ciências e das artes, técnicos de nível médio, trabalhadores de serviços administrativos, dos serviços e da produção. Percebe-se que a ocupação que mais emprega é a de trabalhadores dos serviços, porém, também é a que abriga maior quantidade de indivíduos com baixo nível de escolaridade e a que apresenta menor remuneração. Na seqüencia, analisa-se o prêmio salarial associado a cada ocupação após controlar por efeitos fixos individuais dos trabalhadores, investigando o que acontece com a variação salarial do indivíduo na medida em que transita entre as ocupações. Os resultados mostram que a ocupação que mais atrai trabalhadores é a de dirigentes e as maiores perdas salariais ocorrem ao se transitar para a ocupação de trabalhadores dos serviços. Portanto, conclui-se que a ocupação tem efeitos importantes na desigualdade e no mercado de trabalho no Brasil.Artigo Científico A relação entre o desempenho da carreira no mercado de trabalho e a escolha profissional dos jovens(2007) Bartalotti, Otávio; NAERCIO AQUINO MENEZES FILHOEste artigo examina como o desempenho relativo no mercado de trabalho de cada profissão afeta a escolha profissional dos futuros universitários. O desempenho no mercado de trabalho é medido pela média e pelo desvio padrão dos salários recebidos por profissão e pela sua taxa de desemprego no censo demográfico nos anos próximos ao vestibular. O número de pleiteantes a ingresso na carreira é medido pelo número de inscritos no exame da Fuvest. Utiliza-se dados em painel para os anos de 1991 e 2000 para controlar pelo efeito específico de cada profissão. Os resultados apontam para um efeito positivo e robusto do salário médio da profissão sobre a escolha profissional, que persiste na análise de painel, e para efeitos negativos da dispersão salarial da renda e do desemprego que, no entanto, não se mostraram significantes.Artigo Científico O mercado de trabalho brasileiro é segmentado(2006) Curi, Andréa Zaitune; NAERCIO AQUINO MENEZES FILHONeste artigo examinamos o comportamento do mercado de trabalho formal e informal no Brasil nas últimas duas décadas, utilizando dados longitudinais da Pesquisa Mensal de Emprego para 6 regiões metropolitanas no Brasil. Os resultados mostram que a redução da formalidade no Brasil decorreu, principalmente, do aumento das transições do setor formal para o informal e devido à redução da taxa de saída do desemprego para o setor formal, que ocorreu principalmente entre os mais escolarizados vivendo na região metropolitana de São Paulo e que estavam desempregados há mais de três meses. Além disto, os resultados mostram que a rotatividade entre o setor informal e formal é bastante elevada e que a probabilidade de saída do desemprego ou do setor informal diminui com o tempo de permanência na situação inicial. O diferencial de salários entre o setor formal e o informal, após o controle pelas características não-observáveis dos trabalhadores, era de apenas 10% na década de 1980 e declinou para cerca de 5% na década de 1990. Isto indica que a segmentação no mercado de trabalho brasileiro é muito baixa, o que o aproxima de um mercado competitivo.Artigo Científico Discriminação de rendimentos por gênero: uma comparação entre o Brasil e os Estados Unidos(2005) Giuberti, Ana Carolina; NAERCIO AQUINO MENEZES FILHOEste trabalho compara as diferenças de rendimentos entre os homens e as mulheres no Brasil e nos Estados Unidos, utilizando a decomposição de Oaxaca. O rendimento médio das mulheres, no Brasil, era equivalente a 68% do rendimento dos homens em 1981, mas em 1996 já equivalia a 80%. Nos EUA, essa razão era de 66% em 1981 e passou para 78% em 1996. No Brasil, as características das mulheres são superiores às dos homens e a diferença salarial ocorre devido a um menor rendimento associado à idade das mulheres. Nos EUA, as características dos homens e das mulheres são similares e o retorno à idade também explica grande parte do diferencial de salários. Isto pode ocorrer se a idade das mulheres não refletir sua experiência no mercado de trabalho, devido a suas decisões de fecundidade, e algumas evidências são mostradas neste sentido.