Formas de organização em hospitais públicos: uma análise de fronteira de eficiência

dc.contributor.advisorPAULO FURQUIM DE AZEVEDO
dc.contributor.authorOliveira, Flávio Garcia
dc.coverage.spatialSão Paulopt_BR
dc.creatorOliveira, Flávio Garcia
dc.date.accessioned2021-09-13T03:17:43Z
dc.date.accessioned2017-12-21T12:45:31Z
dc.date.available2021-09-13T03:17:43Z
dc.date.available2016
dc.date.available2017-12-21T12:45:31Z
dc.date.issued2016
dc.date.submitted2016
dc.description.abstractEssa dissertação preenche uma lacuna importante com relação ao estudo da eficiência dos hospitais gerais públicos. É preciso entender se os hospitais das Organizações Sociais de Saúde (OSS), modelos organizacionais híbridos, são mais eficientes do que os da Administração Direta (AD), modelos de burocracia pública tradicionais. A hipótese é de que as unidades OSS são mais eficientes que as AD por possuírem maior autonomia sobre os insumos e maior responsabilização sobre os serviços prestados em virtude de seu arranjo organizacional mais flexível. Coletou-se então os dados de input (recursos físicos e humanos) e output (número de internações e consultas) do DATASUS (MS) correspondentes a toda a amostra de 634 hospitais públicos do estado de São Paulo. Excluíram-se os 108 hospitais psiquiátricos e ambulatórios. Determinou-se os coeficientes de eficiência para os 526 hospitais restantes, através da técnica de otimização linear chamada análise de envoltória de dados (DEA). A amostra apresenta 456 hospitais gerais e 70 hospitais especializados. Os resultados revelam a notória ineficiência dos hospitais gerais paulistas em relação aos hospitais especializados. Como o intento do estudo é estudar apenas as eficiências relativas dos hospitais gerais públicos, excluíram-se ainda os 70 hospitais especializados da amostra. Finalmente, foram conduzidas duas novas análises DEA comparativas em duas amostras distintas: (I) – a primeira, com uma amostra de 158 hospitais cujo atendimento é exclusivo ao SUS (OSS = 34; AD = 124); (II) – a segunda, com toda a amostra de 456 hospitais (OSS = 34; AD =124; OUTROS = 298), onde detectou-se um terceiro grupo de hospitais que denominamos OUTROS. São entidades privadas que têm como particularidade atender ao SUS e ao mercado (operadoras de saúde e privados). As unidades OSS são mais eficientes que as AD, considerando-se a comparação das medianas dos coeficientes de eficiência DEA, em ambas as análises. Os coeficientes de eficiência DEA obtidos foram então regredidos (Tobit Censurado) em função de algumas variáveis de controle. Observou-se que o número de leitos, nas duas comparações (I e II), a presença de ensino médico e o número de internações do sexo feminino, apenas na comparação II, possuem efeito positivo e significante sobre o coeficiente de eficiência DEA. Nesse estudo não conseguimos obter significância estatística para dizer que é a forma organizacional OSS versus AD um fator relevante relacionado a eficiência de hospitais gerais públicos. Pode ser que as características físicas dos hospitais OSS expliquem melhor essas diferenças como é o caso do maior número de leitos dedicados ao SUS pelas OSS, um efeito escala importante. Há outros fatores como os mecanismos de pagamento e as práticas gerenciais adotadas nos diferentes arranjos organizacionais, que também estão relacionados ao desempenho do setor público hospitalar e que não foram abordados nessa dissertação. Faz-se necessário, portanto, a criação de desenhos de estudos comparativos entre esses hospitais, que sejam conduzidos a entender os fatores causais envolvidos nas diferenças de eficiência dessas organizações.pt_BR
dc.description.otherThis essay fulfills an important gap in relation to the study of public hospitals efficiency. The main objective is to understand if hospitals of Organizações Socials de Saúde (OSS), a hybrid organizational model, are more efficient than those of Adminstração Direta (AD), traditional government public bureaucracy. The hypothesis is that OSS is more efficient than AD by having greater autonomy over inputs and greater accountability for the services. Data on inputs (physical and human) and outputs (inpatient and outpatient numbers) were collected from DATASUS (Ministério da Saúde) and the coefficients of efficiency were determined using a linear optimization technique called data envelopment analysis (DEA). The entire sample of 634 public hospitals in the state of São Paulo was analyzed. All 108 psychiatric hospitals and outpatient clinics were excluded. The coefficients of efficiency for the remaining 526 hospitals were determined using DEA. The sample included 456 general hospitals and 70 specialized hospitals. The results reveal the notorious inefficiency of the general hospitals of São Paulo in relation to specialized hospitals. As the intent of this assay is to study only the relative efficiencies of general public hospitals, those 70 specialized hospitals were excluded from the sample. Finally, two comparative DEA analyzes were conducted in two different hospital samples: (I) – A sample of 158 hospitals with exclusive service to SUS (OSS = 34; AD = 124); (II) – A sample of all 456 hospitals (OSS = 34, AD = 124, OUTROS = 298). The OUTROS group has the particularity of attending the SUS and the market. Comparing the medians of DEA efficiency coefficients, in both analyzes, OSS units are more efficient than the AD. DEA efficiency coefficients obtained were then regressed (Censored Tobit) as a function of some control variables. It was observed that the number of beds, in the two comparisons (I and II), the presence of medical education and the number of females’ hospitalizations, only in comparison II, have a positive and significant effect on DEA efficiency coefficients. In this study it could not be obtained statistical significance to conclude that the organizational form OSS versus AD is a relevant factor related to the efficiency of general public hospitals, although its effect is also positive on DEA coefficients. It may be possible that the physical characteristics of OSS hospitals explain these differences better, as is the case with the OSS greater number of beds dedicated to the SUS, a scale effect. There are other factors, such as payment mechanisms and management practices adopted in the different organizational arrangements, which are also related to the performance of the public hospital sector and which were not addressed in this dissertation. It is therefore necessary to create comparative studies between these hospitals, which are designed to understand the causal factors involved in the differences in efficiency of these organizations.pt_BR
dc.format.extent98 p.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/1725
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rights.uriTODOS OS DOCUMENTOS DESSA COLEÇÃO PODEM SER ACESSADOS, MANTENDO-SE OS DIREITOS DOS AUTORES PELA CITAÇÃO DA ORIGEM.pt_BR
dc.subjectEficiênciapt_BR
dc.subjectIneficiênciapt_BR
dc.subjectAdministração diretapt_BR
dc.subjectPrestação de serviços públicospt_BR
dc.subjectAnálise de envoltória de dadospt_BR
dc.subjectGestão híbridapt_BR
dc.subjectContratos de gestãopt_BR
dc.subjectOrganizações sociais de saúdept_BR
dc.subjectDEApt_BR
dc.subjectEfficiencypt_BR
dc.subjectDirect administrationpt_BR
dc.subjectPublic servicespt_BR
dc.subjectData envelopment analysispt_BR
dc.subjectHybrid managementpt_BR
dc.subjectManagement contractspt_BR
dc.subjectHealth social organizationspt_BR
dc.subjectDEApt_BR
dc.titleFormas de organização em hospitais públicos: uma análise de fronteira de eficiênciapt_BR
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
local.contributor.boardmemberPires, Jorge
local.contributor.boardmemberLUCIANA YEUNG LUK TAI
local.typeDissertaçãopt_BR
relation.isAdvisorOfPublication25ce9242-4c33-4eb0-8fd6-db1b8dc52452
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