Origem das diferenças educacionais entre negros e brancos no Brasil e seus impactos econômicos

Abstract

Esse trabalho visa estudar as diferenças educacionais existentes na população brasileira, principalmente quanto às diferenças raciais, bem como a educação no Brasil, seus impactos quanto ao desenvolvimento econômico e uma comparação com outros países. É de conhecimento comum no Brasil que, apesar dos esforços que vem sendo feitos, ainda é uma realidade que brancos que negros estão em posições diferentes na sociedade. Essa diferenciação começa no início da vida escolar, onde há, muitas vezes, condições diferentes dependendo da raça do aluno e é prolongada por toda sua vida, inclusive no mercado de trabalho. Através do estudo preliminar referente à base de dados longitudinal da cidade de Pelotas, que acompanhou o mesmo grupo amostral desde seu nascimento, em 1993, até 2011, pode ser percebido um gap de aproximadamente 20% entre no número de brancos que chegam ao final do ensino médio e o número de negros que alcançam a mesma conquista. Em um país com aproximadamente 210 milhões de habitantes, tal situação pode significar a diferença entre o desenvolvimento e a estagnação econômica, sem considerar o bem estar social. Um grande exemplo disso é o momento atual que o país vive. Depois de dois anos de crescimento negativo do PIB (2015 e 2016), onde tivemos uma retração de aproximadamente 7% no produto interno bruto, em 2017 vimos uma leve reversão nesse cenário, com um crescimento de 1%, o que ainda não nos levou a níveis anteriores a crise. Temos ainda, infelizmente, um nível de desemprego alarmante. É impossível negar que essas as altas taxas não tenham relação com o nível educacional brasileiro ou com seu desenvolvimento econômico.