Avaliação da Capacidade de Geração de Alfa dos Fundos Multimercado Macro da Indústria Brasileira

Abstract

O mercado de fundos de investimento no Brasil é bastante amplo e o principal desafio dos gestores é gerar alfa para seus investidores. Este trabalho procura avaliar o desempenho de 42 fundos multimercado macro brasileiros, de gestão ativa, no período de 2018 até 2022. A geração de alfa foi estimada seguindo o modelo multifatorial de Sharpe (1992) e considerando carteiras agregadas dos fundos multimercado macro ativos. Foi possível observar que os gestores de forma agregada, não conseguem gerar retorno em excesso positivo. Olhando de forma individual, 6 fundos conseguiram gerar alfa significativamente positivo nesse período. Adicionalmente, o trabalho avaliou o posicionamento dos gestores nesse período onde na maior parte do tempo tiveram um viés comprado em quase todos os mercados avaliados sendo apenas na Treasury que se posicionaram com um viés short. E por fim, avaliar se os fundos que foram mais ativos, ou seja, variaram mais os betas ao longo dos 5 anos tiveram uma capacidade maior de geração de alfa. Através de um estudo de correlação, comparando a relação entre grau de dinamismo do gestor e geração de alfa, foi possível identificar correlação positiva entre os dois fatores.

The investment fund market in Brazil is quite extensive, and the main challenge for managers is to generate alpha for their investors. This study aims to evaluate the performance of 42 Brazilian macro multimarket funds, actively managed, from 2018 to 2022. Alpha generation was estimated following the multifactor Sharpe model (1992) and considering aggregated portfolios of active macro multimarket funds. It was observed that, in aggregate, managers were unable to generate positive excess returns. Looking at individual funds, 6 managed to generate significantly positive alpha during this period. Additionally, the study evaluated the managers positioning during this period, where most of the time they had a long bias in almost all evaluated markets, with only short bias in the Treasury market. Finally, the study aimed to assess whether the most active funds, those that varied their betas more over the 5 years, had a greater capacity for alpha generation. Through a correlation study comparing the relationship between the degree of manager dynamism and alpha generation, it was possible to identify a positive correlation between the two factors.