Criminalidade em São Paulo: uma análise para a hipótese do Estado Paralelo na expansão do PCC a partir de 2006

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Dissertação
Data
2020
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O presente estudo buscou avaliar se a presença do crime organizado em determinada região gera efeito negativo na criminalidade. Desde os anos 2000, o PCC aparece como monopolista do crime na cidade de São Paulo, sendo apontado como o principal fator para a queda expressiva dos homicídios. Além de controlar o tráfico de drogas, regula e intervém nas comunidades em que atua, como um Estado Paralelo. Sua presença, seja pelo respeito ou medo, possui poder em influenciar as pessoas residentes, reduzindo assim alguns tipos de crimes rechaçados pela facção. Aqui analiso homicídios em domicílios, homicídios de mulheres e estupros, sendo todos eles reprovados pelo PCC, visto que ou violam a ética do crime ou atraem atenção desnecessária aos locais de tráficos de drogas. O ano de 2006 é um marco na história da facção em São Paulo, quando em maio deste mesmo ano, diversos ataques coordenados atingiram forças de segurança pública. Um suposto acordo tácito entre governo e PCC ocorreu, cessando os ataques e permitindo a expansão da facção nas periferias da cidade. Definir a proxy para influência ou não do PCC nas periferias se mostrou o principal desafio. Diferente de outros autores, utilizei do nível de roubos de cargas e bancos para medir esta influência, sendo eles aprovados pela ética do crime e com tendência ascendente desde 2001, sendo o inverso dos homicídios. Com auxílio de um estudo de evento e utilizando de 43 bairros de São Paulo, foram encontradas evidências fracas de que a figura do PCC como um Estado Paralelo, exerça pressão negativa nos crimes estudados. A relação entre crime organizado é longe de ser conclusiva, assim como retratado na literatura. Desta forma, este estudo abre espaço para a continuidade dos estudos de economia do crime no Brasil e principalmente o papel das facções no crime.

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Idioma
Português
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Santarrosa, Rog�rio Bianchi
Meloni, Luis
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