Graduação em Economia

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Efeitos heterogêneos imediatos da pandemia de Covid-19 na educação e trabalho de adolescentes-jovens no Brasil
(2023) Rigo, Leonardo Leone
Esta monografia visa fornecer evidências de quais são os efeitos imediatos da pandemia de Covid-19 na educação e no mercado de trabalho de adolescentes-jovens (indivíduos na faixa de 14 a 17 anos de idade). Na parte teórica deste trabalho, considera-se um modelo microeconômico de acumulação de capital humano aplicado ao mercado de trabalho de adolescentes-jovens que tem como elementos cruciais: a função de produção de capital humano, a renda dos pais, bem como fatores domiciliares como a educação dos pais. Esses são elementos-chave para entender o impacto teórico da pandemia nas condições de oferta e demanda, o que influenciará a participação dos adolescentes-jovens na vida escolar e no mercado de trabalho. Na parte empírica deste trabalho, foram coletados dados da PNAD Contínua trimestral ao longo dos anos de 2019 e 2020 com intuito de observar um cenário anterior e durante a pandemia que acompanhe os mesmos indivíduos ao longo do tempo. Para investigar este efeito trabalhamos com uma metodologia de efeitos fixos em um painel de indivíduos a fim de medir quais os efeitos heterogêneos da pandemia no mercado de trabalho destes jovens, comparativamente com os trimestres dos anos anteriores. Os resultados indicam que a pandemia aumentou a probabilidade de o adolescente-jovem não estar estudando e nem trabalhando (conhecido nesta literatura como NEM NEM). Esse efeito foi ainda maior nos domicílios que não há ninguém com ensino superior, o que confirma a hipótese teórica elencada de que características domiciliares e a educação dos pais são fatores importantes na acumulação de capital humano dos adolescentes-jovens.
Quais os fatores que impactam a decisão do jovem de integrar o mercado de trabalho?
(2016) Campos Neto, Otávio
De 2002 a 2013 observou-se uma redução na participação dos jovens brasileiros na população economicamente ativa (PEA). A tendência era de deixar o mercado de trabalho, ou de postergar a entrada. Porém, em 2014 nota-se que o jovem volta a buscar uma colocação no mercado de trabalho. Perante esse cenário, é relevante entender qual a motivação por trás desse comportamento. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi de buscar os fatores que impactam a decisão do jovem de ocupar uma posição economicamente ativa. Para abordar e entender o problema, foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do ano de 2014, referentes aos cidadãos brasileiros de 15 a 24 anos de idade. Como a variável resposta é uma probabilidade, a de o jovem integrar a PEA, dado um conjunto de características, foi utilizado o modelo de regressão logística para análise dos dados. Como resultado são apresentadas quais as características do jovem, de sua situação socioeconômica e familiar, que impactam sua decisão de integrar ou não o mercado de trabalho. Entre os principais fatores que impactam a decisão do jovem estão: escolaridade; renda; ter companheiro; região censitária e condição na unidade domiciliar.
A transição demográfica e seus efeitos sobre o crime
(2013) Pinto, Verônica Nascimento
A criminalidade, na maioria dos municípios do país, é muito elevada quando comparada a de outros países com níveis de renda semelhantes. Tal fato afeta severamente a rotina dos cidadãos, pois além do crime representar um enorme custo para a sociedade como um todo, traz prejuízos materiais, força gastos públicos e privados que deveriam ser alocados a outras frentes, reduz o estoque de capital humano, qualidade de vida e investimentos. Decisões de um governo no âmbito social e econômico são influenciadas por mudanças demográficas, principalmente em virtude das mudanças na estrutura etária da população. O trabalho avalia os impactos da transição demográfica da população brasileira sobre o nível de crime cometido pelos jovens, estudando o Brasil como um todo e o estado de São Paulo em especial. Ainda, verifica a importância do fator demografia no processo de redução da criminalidade até o ano de 2050, quando a pirâmide demográfica sofrerá uma mudança permanente em sua estrutura, com a menor proporção da população em idade ativa já observada. Apesar de existirem diversos fatores socioeconômicos que impactam o nível de violência brasileira, é certo que a demografia será uma importante variável para determinar a queda de homicídios no país nos anos subseqüentes.

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