Este trabalho realizou uma revisão sistemática da literatura empírica sobre políticas de pedágio urbano, com foco nos casos consolidados de Londres, Estocolmo e Singapura. A partir da seleção de 21 estudos com rigor metodológico, foram analisadas comparativamente suas características operacionais, impactos observados e aspectos institucionais, incluindo modelo tarifário, área de abrangência, tecnologia de fiscalização, políticas de isenção, destinação das receitas e aceitação pública. A pesquisa teve como objetivo sistematizar os principais aprendizados dessas experiências internacionais e discutir de forma embasada elementos que possam orientar o debate sobre a viabilidade política, institucional e operacional do pedágio urbano em São Paulo. Com base nas evidências analisadas, o estudo indicou que o pedágio urbano, quando associado à políticas integradas de transporte coletivo, pode reduzir congestionamentos e gerar benefícios ambientais e operacionais. Para o contexto paulistano, o trabalho sugere a reflexão sobre um modelo experimental que substitua o rodízio municipal por um sistema de cobrança no centro expandido, com uso da tecnologia de câmeras de reconhecimento automático de placas (ANPR) já existente na cidade, articulado a campanhas educativas, consultas públicas e mecanismos de avaliação como plebiscito.
