Iniciação Científica e Tecnológica

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    Relatório de Iniciação Científica
    O Consumo de livros no Brasil, um estudo sobre a probabilidade de se consumir um livro
    (2025) Arrym, Ana Flavia de Mello
    Este trabalho analisa o consumo de livros no Brasil sob a ótica econômica, buscando compreender os fatores que determinam a probabilidade de aquisição desse bem cultural. A introdução contextualiza a importância da leitura no país e apresenta dados sobre hábitos de consumo, destacando o peso das condições socioeconômicas e das transformações do mercado editorial. O objetivo central da pesquisa é avaliar de que forma renda, características domiciliares e despesas culturais influenciam a decisão de consumir livros. Para isso, foi construída uma fundamentação teórica baseada em literatura nacional e internacional, olhando tanto da dualidade do livro como bem cultural e mercadoria, quanto a fatores sociais sobre o consumo cultural. A metodologia desenvolve um modelo microeconômico inspirado em Moretti (2008), adaptado para mensurar a probabilidade de leitura, relacionando utilidade esperada e custos de acesso. A análise empírica utiliza dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), estimando modelos Probit a fim de avaliar a probabilidade de consumo de livros em diferentes estratos de renda, definidos por clusterização da amostra. Os resultados mostram que, embora os efeitos marginais estimados sejam de pequena magnitude, observamse padrões consistentes: gastos com livros apresentam associação positiva com a probabilidade de leitura em todos os grupos, sendo mais relevante nas famílias de maior renda, já as despesas com outras atividades culturais revelam efeitos heterogêneos conforme o estrato, e o consumo de esportes apresenta baixa influência. Características domiciliares, como tipo de moradia e número de cômodos, tendem a se associar negativamente, enquanto a localização urbana e a renda total contribuem de forma sutil para aumentar a probabilidade prevista. Conclui-se que a renda e o engajamento cultural exercem influência, ainda que limitada, sobre o consumo de livros, variando de acordo com a posição social, e que políticas públicas podem desempenhar papel relevante na ampliação do acesso à leitura.
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    Relatório de Iniciação Científica
    Suficiência e Sustentabilidade: Compreendendo os Padrões de Consumo nas Gerações X e Z
    (2024) Carvalho, Maria Fernanda Pizarro
    Este estudo realiza uma investigação sobre as práticas de consumo suficiente entre as gerações X e Z, destacando as diferenças e semelhanças na forma como cada grupo lida com conceitos emergentes como suficiência e economia circular. A pesquisa se fundamenta em uma revisão semi-sistemática de literatura que abrange as principais teorias sobre consumo consciente, sustentabilidade e as dinâmicas específicas que moldam o comportamento de consumo de diferentes gerações. Além disso, essa revisão permitiu identificar lacunas e oportunidades na literatura existente, especialmente no que tange à aplicação prática desses conceitos em contextos reais de consumo. Para complementar a revisão teórica, foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas com representantes das gerações X e Z, buscando explorar as motivações, atitudes e comportamentos que influenciam suas decisões de consumo. As entrevistas permitiram uma análise detalhada das diferenças geracionais, revelando como cada grupo percebe e aplica o conceito de suficiência em seu dia a dia. Este método qualitativo foi essencial para captar as nuances das práticas de consumo, proporcionando uma visão mais rica e contextualizada sobre como esses indivíduos interpretam a suficiência em um mundo cada vez mais orientado pela sustentabilidade. A análise qualitativa dos dados coletados revelou padrões de comportamento distintos entre as duas gerações. A geração Z mostrou-se mais propensa a adotar práticas de consumo consciente e sustentável, frequentemente impulsionada por uma preocupação com o futuro do planeta e por uma identidade fortemente ligada a causas sociais. Em contraste, a geração X, apesar de demonstrar um engajamento significativo com a sustentabilidade, tende a priorizar aspectos como o custo-benefício e a funcionalidade dos produtos, refletindo uma visão mais prática e menos idealista do consumo. Este estudo também destaca como as expectativas iniciais da pesquisadora foram desafiadas ao longo do processo, especialmente no que diz respeito à percepção das diferenças entre as gerações. Embora se esperasse que a geração Z fosse significativamente mais comprometida com práticas sustentáveis, a pesquisa mostrou que a geração X também valoriza a suficiência, ainda que de maneira distinta, sublinhando a complexidade das práticas de consumo entre diferentes grupos etários. As descobertas desta pesquisa contribuem para uma compreensão mais profunda das tendências contemporâneas de consumo e suas implicações para a sustentabilidade. Este trabalho oferece insights valiosos para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias de marketing voltadas para a promoção de práticas de consumo mais responsáveis, sublinhando a necessidade de abordagens adaptativas que considerem as particularidades geracionais, possibilitando um impacto mais efetivo e abrangente.