As principais causas diretas do desmatamento na Amazônica

Abstract

O desmatamento da floresta Amazônica é causado por diversas variáveis diretas e indiretas e uma das principais responsáveis é a atividade pecuária, que exerce função fundamental na economia brasileira. A agricultura, como a produção de soja, milho e outras commodities também têm impacto relevante no desmatamento da região (Rivero et al., 2009). Hoje, o Brasil mantém 210 milhões de bovinos, com uma taxa de crescimento populacional de 0.9% ao ano, segundo o IBGE, o que é mais que a população brasileira atual, e cerca de 35% desse rebanho está localizado na Amazônia. Ainda, é estimado que, entre agosto de 2017 e julho de 2018, cerca de 7.900 quilômetros quadrados de área florestal foram destruídos. A taxa de desmatamento está aumentando cada ano mais e se aproximando de níveis antes visto só no início desse século, quando o desmatamento estava no seu auge. Ou seja, é um problema que precisa ser endereçado com certa urgência. A solução do problema não é trivial e muito menos sua origem. Entender os fatores que causam o desmatamento é essencial para poder combatê-lo. Este estudo busca analisar esses fatores que influenciam diretamente no desmatamento da Amazônia Legal. O modelo criado se baseia em uma regressão pelo método de dados em painel, estimado a partir de mínimos quadrados ordinários (MQO) e a base de dados contempla variáveis como área desmatada (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES - Inpe)), cabeça de gado, plantio de milho, arroz, soja, temporário e permanente (Sidra - IBGE), anos de 2011 até 2018, possuindo 6.016 observações de 742 municípios que fazem parte da Amazônia Legal.