Análise do impacto econômico em países vencedores da Copa do Mundo de futebol

Abstract

Este trabalho emprega o método de painel dinâmico para investigar os efeitos econômicos de vencer a Copa do Mundo de futebol no PIB dos países vencedores. A análise abrange o período de 1961 até a Copa mais recente de 2022, utilizando dados da OCDE. O estudo procura entender os impactos tanto no curto quanto no longo prazo, argumentando que investimentos no esporte de alto nível e suporte a atletas podem gerar retornos positivos mensuráveis para as economias dos países vencedores. Este estudo também busca superar lacunas encontradas em pesquisas anteriores, adicionando fatores anteriormente negligenciados, como as especificidades econômicas e culturais dos países vencedores, incluindo tendências de consumo e investimentos governamentais e populacionais. Os dados incluem o PIB e variáveis adicionais como despesas de saúde, educação, consumo governamental, entre outros indicadores econômicos e sociais de diversos países. Essa abordagem permite uma análise robusta e detalhada, facilitando comparações entre os países vencedores, países sede e grupos de controle. Os modelos estatísticos aplicados são ajustados para controlar por crises econômicas e mudanças políticas. A metodologia utilizada examina os efeitos da vitória na Copa do Mundo no ano do evento e nos dois anos subsequentes, através de um estudo de evento com estimação por modelos de painel dinâmico. Esta estratégia permite avaliar as mudanças no crescimento econômico que podem ser atribuídas diretamente ao evento esportivo, além de observar as possíveis influências duradouras dessa conquista. Os resultados principais indicam que a vitória na Copa do Mundo tem um efeito estatisticamente significativo e positivo no crescimento do PIB no curtíssimo prazo. Este resultado contribui para o debate sobre o valor dos grandes eventos esportivos como impulsionadores do desenvolvimento econômico nacional.This study employs the dynamic panel method to investigate the economic effects of winning the FIFA World Cup on the GDP of the winning countries. The analysis spans from 1961 to the most recent World Cup in 2022, using data from the OECD. The study aims to understand both short-term and long-term impacts, arguing that investments in high-level sports and support for athletes can generate measurable positive returns for the economies of the winning countries. This study also seeks to overcome gaps found in previous research by adding previously neglected factors, such as the economic and cultural specificities of the winning countries, including consumption trends and government and popular investments. The data includes GDP and additional variables such as healthcare spending, education, government consumption, among other economic and social indicators from various countries. This approach allows for a robust and detailed analysis, facilitating comparisons between winning countries, host countries, and control groups. The statistical models applied are adjusted to control for economic crises and political changes. The methodology used examines the effects of winning the World Cup in the year of the event and in the three following years, through an event study with estimation through dynamic panel models. This strategy allows for assessing the changes in economic growth that can be directly attributed to the sports event, as well as observing the possible lasting influences of this achievement. The main results indicate that winning the World Cup has a statistically significant and positive effect on GDP growth in the very short term. This finding contributes to the debate on the value of major sporting events as drivers of national economic development.