Dissertação de Mestrado

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    Dissertação
    Relação entre folga financeira e desempenho econômico nas empresas brasileiras de capital aberto
    (2024) Prado, Rodrigo Casemiro do
    O processo de financiamento das operações de uma empresa é complexo e composto por diversos fatores, variáveis e importantes tomadas de decisões acerca do gerenciamento de recursos, alocação de capital, folga ou escassez financeira, que são determinantes para o desempenho e sustentabilidade da companhia. A folga financeira consiste na capacidade da companhia em converter ativos em recursos excedentes aos necessários para a liquidação de suas dívidas, podendo ser caracterizada pelos índices de liquidez da empresa, ou seja, é a diferença entre os recursos disponíveis da empresa e os pagamentos necessários para mantê-la solvente (Cyert, March; 1963). A alocação de recursos na empresa, com intuito de maximizar os índices de liquidez, pode associar-se ao crescimento da empresa e, consequente, melhora de seus indicadores de desempenho (Bueren, Starosky Filho, Krespi; 2014). Nesta esteira, um dos objetivos do excesso de recursos na empresa (folga financeira) é de viabilizar e concretizar o seu planejamento organizacional e estratégico, tais como, projetos de inovação, investimentos, expansão, dentre outros (Daniel et al.; 2004). No entanto, esse excesso de folga financeira pode ser prejudicial ao desempenho da companhia, pois gera ineficiência no gerenciamento e aproveitamento dos recursos excedentes. O gerenciamento da folga financeira seria realizado através da gestão da estrutura de capital com a manutenção de capacidade de endividamento ociosa, sendo necessária uma análise longitudinal e relativa para verificar sua presença. Deste modo, avaliar e definir a melhor estrutura de capital de uma empresa é fundamental, visto que determina a combinação das fontes de seu financiamento, mensurando o montante de dívida utilizada em relação ao seu capital próprio. Assim, em busca de maximizar o desempenho econômico, elevar lucratividade e crescimento, as empresas devem otimizar sua estrutura de capital, garantindo eficiência na utilização de recursos e, eventual, tomada de dívida. Logo, uma boa gestão da folga financeira pode estar relacionada ao desempenho econômico e financeiro das empresas, já que pode determinar a capacidade de levantar capital e investimentos. Na literatura de finanças corporativas a folga financeira é apresentada como um dos fatores determinantes para a melhoria dos resultados das empresas, sugerindo que empresas com maior folga financeira podem maximizar os seus resultados e melhorar o desempenho. No entanto, estudos contemporâneos sobre o tema divergem em seus resultados, sinalizando que o excesso de recursos pode implicar ineficiência, subaproveitamento de oportunidades e redução do desempenho, demonstrando, assim, a relevância de explorarmos mais o tema. Ademais, o cenário macroeconômico pode influenciar, sobremaneira, essa relação determinando um melhor desempenho das empresas em períodos de crise e recessão econômica. Outrossim, empiricamente e alguns estudos indicam que efeito da folga financeira no desempenho das firmas se apresenta de forma não linear, demonstrando a existência de um ponto de inflexão para essa relação. Destarte, a busca de um ponto ótimo é indispensável para que as empresas garantam o crescimento de desempenho e sustentabilidade de sua operação. Desta forma, para contribuir com o debate, este estudo analisou o comportamento da folga financeira e a existência de uma curva que influencia no resultado e desempenho das empresas do mercado brasileiro, destacando as alterações que podem surgem nessa relação em períodos de crise e não crise. A presente pesquisa utilizou dados financeiros e de mercado das empresas, não financeiras, listadas na bolsa de valores brasileira - B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão, coletados durante o período de 2010 a 2022, para investigar a relação entre a folga financeira da firma e seu desempenho, através da análise dos indicadores do Retorno sobre o Ativo (ROA), Retorno sobre o Capital Investido (ROIC), Tobin’s Q (TQ), Folga Financeira de Curto Prazo (STSlack), Folga Financeira de Longo Prazo (LTSlack), Tamanho da Empresa, Crescimento das Vendas (CV), Endividamento (ENDIV) e Tangibilidade (TANG). Os resultados obtidos neste estudo mostram, com grau de significância, que os indicadores de folga financeira utilizados têm impacto, estatisticamente, significante nos resultados e desempenho das empresas. Essa relação é mais relevante, em magnitude, com relação ao efeito positivo da variável STSlack, representada pelo saldo em tesouraria, em relação aos indicadores Q-Tobin, ROIC e ROA. Ademais, existe um efeito não linear (curvilíneo) que atenua o impacto de primeira ordem. O efeito é, em média, maior em períodos de crise, sendo a folga financeira de longo prazo mais relevante. Cumpre destacar que o efeito não linear é atenuado em períodos de crise e recessão econômica. Por fim, os resultados encontrados no estudo mostram retornos marginais decrescentes, sugerindo a existência de um ponto “ótimo” de recursos em excesso a serem mantidos para maximizar os resultados corporativos, especialmente em períodos de crise e recessão econômica, evitando desperdícios e subaproveitamento de oportunidades, demonstrando, assim, que o efeito da folga financeira no desempenho é curvilíneo e não linear
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    Dissertação
    Testes empíricos das teorias de pecking order e trade off estático em companhias fechadas brasileiras
    (2014) Colman, Davi Laraia
    A avaliação empírica das teorias de estrutura de capital conta com vasta literatura publicada nacional e internacionalmente. Neste estudo, objetivou-se avaliar a aderência às teorias de trade off estático e pecking order nas decisões de financiamento de uma amostra do setor da indústria mecânica brasileira para o período de 2008 a 2012, com a inclusão, em sua maioria, de dados de companhias fechadas. A análise foi baseada no estudo dos fatores determinantes tradicionais do endividamento, como lucratividade, tangibilidade, tamanho, oportunidades de crescimento e benefício fiscal extra dívida. A partir dos modelos propostos, são encontradas evidências de que o comportamento das empresas fechadas deste setor é aderente à teoria de pecking order quando considerado o endividamento de longo prazo e total, enquanto que para empresas abertas existem elementos favoráveis a ambas teorias de estrutura de capital.
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    Dissertação
    Fatores determinantes do endividamento de empresas por setor no Brasil
    (2013) Azevedo, Alexandre Bonfim De
    Este trabalho analisou 1081 empresas brasileiras, não financeiras, predominantemente de capital fechado, privadas e com controle nacional. Ao todo 21 setores de mercado foram testados em relação aos fatores determinantes do endividamento. Os resultados encontrados apresentaram relevância estatística para os determinantes tamanho, crescimento, rentabilidade e volatilidade em relação ao endividamebto das empresas. Encontrou-se, também, que os tipos de atividade (comércio, indústria e serviço), tipo de controle (público ou privado e nacional ou internacional) assim como se a empresa tem capital aberto ou fechado, são relevantes para a explicação do nível de endividamento das empresas brasileiras. Os fatores determinantes para o endividamento: tamanho da empresa, sua rentabilidade, a volatilidade dos resultados e o crescimento da empresa, foram escolhidos por terem apresentado, em estudos anteriormente realizados no Brasil, resultados contraditórios ou mesmo não aderente a nenhuma das duas teorias de Pecking-order e Tradeoff utilizadas como referência neste estudo. O tamanho da empresa se mostrou positivamente relacionado com o endividamento, assim como o crescimento, ambos os resultados aderentes à expectativa. A rentabilidade apresentou relação negativa com o endividamento e penas a volatilidade teve a hipótese nula não rejeitada, porém, quando testada em separado contra o endividamento de curto e longo prazo apresentou relação positiva para o curto prazo e negativa para o longo prazo, o que também é aderente a expectativa teórica deste trabalho. Por fim os setores de mercado mostraram-se significativos e potenciais fatores determinantes para o endividamento, sugerindo que uma análise mais detalhada, por setor, seja importante em futuros estudos.