Análise de processos e modelos coexistentes de open-innovation: o caso galp energia

Abstract

Em tempos de crise e de forte globalização e intensidade concorrencial, a capacidade de inovação das organizações é particularmente importante. A inovação colaborativa, através da qual a empresa inova em interação com o exterior, constitui atualmente uma aposta corrente para empresas que visam ser competitivas. Este fenómeno, denominado de Open Innovation (OI), foi já alvo de vários estudos. No entanto, dada a sua importância, há necessidade de estudar de forma mais aprofundada os processos através dos quais, esta forma de inovação pode ser conduzida com sucesso. O objectivo deste artigo reside em compreender como é que no âmbito de redes inter-organizacionais a aquisição de novos recursos e competências através do desenvolvimento de interfaces com o exterior se verifica, e mais concretamente como é que essas redes de colaboração são criadas e desen volvidas. Adicionalmente exploram-se diferentes formas de Open Innovation, para compreender se e como é que estas podem coexistir com sucesso numa mesma organização. Para isso, num estudo multi-caso embebido, analisam-se múltiplas formas de Open Innovation de uma mesma empresa, i.e. da Galp Energia. Globalmente, e através de uma abordagem fortemente empírica, visa-se também perceber qual o impacto para os atores envolvidos resultante da sua participação nestas redes e ecossistemas de inovação mais abertas, diferenciadoras e com maior potencial de criação de valor face a formas diádicas e/ou puramente internas. O estudo contribui para o aprofundamento do conhecimento teórico do fenómeno de Open Innovation. Adicionalmente, ao equipar os gestores com uma série de casos detalhados de práticas de Open Innovation, o estudo demonstra como esta prática de gestão se traduz numa ferramenta que cria um efeito multiplicador de identificação de oportunidades e de geração de ideias passíveis de serem desenvolvidas e implementadas na empresa.