Dissertação de Mestrado

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    Dissertação
    Ascensão, permanência e influência: O caso das líderes mulheres no Governo Federal Brasileiro
    (2025) Carvalho, Marcela Garcia
    Nas últimas décadas, a participação feminina no mercado de trabalho e no setor público tem crescido, embora barreiras estruturais ainda limitem o acesso de mulheres, especialmente negras, aos cargos de alto escalão. No Executivo Federal brasileiro, apesar do aumento geral da presença feminina desde a redemocratização, essa tendência não se reproduz nos altos escalões. A interseccionalidade de gênero e raça agrava a sub-representação de mulheres negras, pardas e indígenas. A literatura sobre burocracia representativa destaca a importância de uma administração pública cuja composição reflita a diversidade da sociedade, porém se concentram majoritariamente nos burocratas de nível de rua. Já a literatura sobre lideranças, apresenta um potencial efeito cascata (trickle-down) da diversidade nos níveis mais altos de uma organização, nos demais níveis. Desse modo, a partir de dados disponibilizados pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e utilizando Modelos de Sobrevivência, Regressões Quantílicas, Logarítmicas e Múltiplas, este estudo analisa as dinâmicas de ascensão, permanência e influência de mulheres brancas e negras nos cargos alto escalão do Executivo Federal entre 2000 e 2023, avaliando se (i) mulheres, especialmente mulheres negras, têm menor probabilidade de chegar aos cargos de alto escalão; (ii) se elas demoram mais que os homens para alcançar essas posições; (iii) se elas permanecem nessas posições menos tempo que os homens; e (iv) se, ao alcançarem o alto escalão, são mais prováveis de promover a ascensão de outras mulheres. Os resultados sugerem que mulheres têm menor probabilidade de ascensão aos cargos do alto escalão, sendo as mulheres negras as mais afetadas, embora não haja diferenças estatisticamente significativas no tempo de promoção ou permanência entre as que alcançam o topo. Ainda, observou-se um efeito cascata positivo, sugerindo que lideranças femininas e negras contribuem para uma burocracia mais representativa.
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    TIRANDO A EMPRESA DA UTI: O papel do CEO e da liderança na reestruturação de empresas em crise
    (2024) Moraes, Luciano da Silva
    A grande quantidade de empresas no Brasil endividadas e entrando em processos de recuperação judicial demonstra uma situação instável na gestão das organizações que requer um perfil de liderança adequado de seu quadro de alta gestão. Este estudo possui como objetivo geral investigar o perfil de liderança do CEO para o turnaround, bem como mapear os comportamentos de liderança mais efetivos neste contexto. A partir de entrevistas semiestruturadas com 8 CEOs e consultores de gestão com experiência em empresas multinacionais e em processos de turnaround. A amostra foi determinada por saturação teórica e as análises interpretadas a partir da Classificação Hierárquica Descendente e da Análise de Conteúdo. A CHD apontou três classes: Classe 1 - “Mudança tradicional e turnaround: situações distintas requerem perfis de liderança distintos; Classe 2 - “Decisões do CEO em processo de turnaround”; Classe 3 - “Gatilho para o turnaround: o problema do caixa”. Duas categorias emergiram da Análise de Conteúdo: a) mudanças organizacionais e b) habilidades de negociação e conhecimento financeiro. A partir destas categorias, foram identificadas duas subcategorias relacionadas a fatores contextuais. Outros cinco fatores comportamentais e dois técnicos remetem a habilidades, competências ou características individuais dos CEOs que atuam em empresas em situação de turnaround. Esse estudo ressalta competências técnicas, para além das comportamentais normalmente abordadas nas pesquisas. Há de se “aproveitar” a situação de crise emergindo no contexto atual das organizações brasileiras para avançar, rapidamente, nesta lacuna de pesquisa.
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    O Efeito de Diferentes Nudges para Tomada de Decisão de Poupança Individual
    (2024) Palomo , Patricia da Silva Herbas
    O envelhecimento populacional no Brasil apresenta desafios significativos para a sustentabilidade do sistema de previdência. O aumento da longevidade, aliado à redução da taxa de natalidade, exerce uma pressão crescente sobre o sistema previdenciário, destacando a crítica necessidade de equilíbrio financeiro diante do aumento proporcional de idosos em relação à população economicamente ativa. A elevada dívida das famílias brasileiras, combinada com dificuldades para arcar com despesas mensais, compromete a renda desses grupos, afetando negativamente sua saúde mental, relações interpessoais e produtividade. Contudo, a poupança financeira das famílias permanece baixa, apesar de seu papel essencial no desenvolvimento econômico sustentável. Diante desse cenário, organizações e formuladores de políticas têm adotado estratégias comportamentais para aprimorar a eficácia de políticas públicas e alinhar decisões aos objetivos sociais. Este estudo avaliou o impacto de diferentes tipos de nudges, que envolvem mensagens com variados enquadramentos, na poupança e proporção de poupadores. Os enquadramentos testados em um experimento aleatório controlado incluíram norma social, escolha deliberada, e ênfase nas consequências positivas e negativas, aplicando o método de Diferenças em Diferenças sintético. Os resultados demonstraram que os nudges testados não tiveram um impacto significativo no comportamento de poupança, indicando que as intervenções comportamentais utilizadas não foram eficazes. Apesar da robustez do método de estimação, é crucial considerar as limitações do estudo, incluindo a não inclusão de outros fatores que podem influenciar as decisões de poupança.
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    Teletrabalho e satisfação com o trabalho no serviço público: Evidências da mudança do valor do teletrabalho no pós-pandemia à luz da teoria de Herzberg
    (2024) Moura, Jefferson de Oliveira
    O teletrabalho vinha crescendo gradualmente nas organizações quando houve um aumento abrupto em razão das medidas de isolamento social impostas pela pandemia global de COVID-19. O fim das medidas de isolamento tem obrigado as organizações a enfrentarem a decisão crucial de reintegrar os funcionários ao trabalho presencial, mantê-los em teletrabalho ou adotar um formato híbrido. Os empregadores tendem a preferir o trabalho presencial, preocupados com possíveis quedas na produtividade e integração reduzida dos funcionários em tarefas colaborativas, entre outros problemas. Por outro lado, a maioria dos trabalhadores prefere o modelo remoto ou híbrido, devido à maior flexibilidade e à redução do tempo de deslocamento. O objetivo deste estudo é, portanto, avaliar de que forma o teletrabalho está associado à satisfação com o trabalho de servidores públicos, especialmente no período pós-pandêmico. Para isso, utilizamos análise descritiva dos dados, análise de condição necessária, regressão linear em painel e o método de diferenças em diferenças, com dados do Federal Employee Viewpoint Survey (FEVS) entre 2018 e 2022, analisados no nível da organização. Observamos indícios de que, após as medidas de isolamento social da Covid-19, o teletrabalho tornou-se um novo fator higiênico no trabalho, segundo a teoria de Herzberg, sendo uma condição necessária, mas não suficiente, para a satisfação no trabalho. Os resultados indicam que a diminuição do teletrabalho, ou seja, o retorno ao trabalho presencial, está associado a uma redução satisfação no trabalho.
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    O impacto do uso de termos polarizados sobre o apoio a políticas públicas.
    (2024) Caniçali, Ícaro Barcellos
    A polarização política é capaz de causar prejuízos à implementação de políticas públicas e representa uma ameaça às democracias. A utilização de linguagem polarizada na comunicação pode contribuir para o aumento dessa divisão política e tem se tornado cada vez mais comum. Uma de suas consequências é o prejuízo na formação de consenso a respeito de temas políticos, o que atravanca o ciclo de políticas públicas. Esse prejuízo, em boa medida, consegue ser explicado pela teoria da identidade social, onde identidades políticas salientes podem gerar divisões instintivas de nós versus eles. Essas divisões são capazes de levar a vieses, como a detração do outgroup e o favoritismo do ingroup, que realimentam a polarização e dificultam a criação de consensos. Neste trabalho avaliamos o impacto do uso de linguagem polarizada na comunicação política de temas de interesse público. Especificamente, mensuramos o quanto a presença de termos polarizados na comunicação afetam a atitude de apoio do público (receptores) ao conteúdo da mensagem, considerando o alinhamento ou desalinhamento político com o emissor. Ao mensurar esse efeito proporcionamos aos políticos, instituições e outros atores interessados, uma melhor noção das consequências práticas do uso de termos polarizados na comunicação. Pelos cálculos realizados foi observado um efeito negativo e estatisticamente significante da presença do termo polarizado sobre a atitude em relação à mensagem na condição de desalinhamento político entre emissor e receptor, que deu suporte à hipótese 1. Na condição de alinhamento político, o efeito do uso do termo polarizado foi ligeiramente positivo, mas não estatisticamente significante, em suporte à hipótese 2. Já a hipótese 3, que antecipava que o nível de identificação política do respondente agiria como fator moderador do efeito do termo polarizado na condição de desalinhamento, não foi suportada pelos cálculos desse estudo.
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    Desenvolvendo líderes: A visão de profissionais de RH e de líderes sobre a contribuição das diferentes ferramentas nesse processo
    (2024) Marin, Paulo Ricardo
    O desenvolvimento de liderança é um tema atual e de grande relevância para as organizações, que realizam altos investimentos com esta finalidade, e para a academia, como se nota pelo grande avanço das pesquisas sobre o tema nas últimas décadas. Apesar disso, o conhecimento sobre o processo de aprendizagem do líder ao longo do tempo para desenvolver suas capacidades e atingir a maturidade no papel de liderança ainda é limitado, assim como o entendimento sobre como diferentes ferramentas (coaching, mentoria, cursos etc.) contribuem nesse processo. Para investigar essa questão, foi utilizado método misto de pesquisa. Na pesquisa qualitativa, foram entre vistados 15 profissionais com experiências diversas em planejamento, formulação e aplicação de programas de desenvolvimento de líderes. Os achados do estudo qualitativo permitiram aos pesquisadores identificarem os resultados esperados da aplicação das diferentes ferramentas que integram seus programas de desenvolvimento. Na fase quantitativa, 622 profissionais que utilizaram as ferramentas avaliaram a efetividade e os tipos de aprendizado associados a cada uma delas. Tendo como base o modelo teórico dos resultados de aprendizagem de Wallace, Torres e Zaccaro (2021), o estudo apresenta um novo modelo em que demonstra a contribuição de cada ferramenta dentro do processo de desenvolvimento do líder em relação à sua maturidade e apresenta a percepção dos líderes quanto à vocação das ferramentas em relação ao desenvolvimento do aprendizado cognitivo, comportamental, afetivo/motivacional ou autoconhecimento, contribuindo para que se entenda como e por quais meios os diferentes aspectos de liderança se desenvolvem.