Mestrado Profissional em Economia

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Resultados da Pesquisa

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  • Dissertação
    Instrumentos financeiros no setor do agronegócio: uma análise sob a perspectiva de vieses comportamentais
    (2022) Tinôco, Ollavo Eugênio Dennys Wyndi do Praddo Queiroz
    Devido à instabilidade e ao dinamismo do mercado agropecuário, a gestão de risco é fator dominante para a sobrevivência dos envolvidos nesse tipo de atividade. Assim, como forma de proteger os agentes negociadores de commodities agrícolas, o mercado de capitais passou a ofertar contratos ligados ao agronegócio. Tendo em vista a falta de referências que tratem do agronegócio em termos de economia comportamental, este presente estudo tem como objetivo mensurar e prever a influência dos vieses comportamentais de loss aversion e status quo na decisão de produtores rurais ao utilizarem ferramentas financeiras de proteção de preços por meio da aplicação de questionários baseados no modelo SurveyMonkey, que tem como finalidade de construir uma base de dados primária e inédita, com uma amostra representativa. Ao todo, foram respondidos 430 questionários que, após tratamento e limpeza, resultaram em 276 respostas para compor a base mediante ao perfil desejado. Com a base estabelecida, regressões logísticas foram realizadas em R, utilizando o pacote de modelos lineares generalizados GAMLSS (Generalized Additive Models for Location, Scale and Shape). Pode-se concluir que a maior influência aparente se deu em virtude ao desconhecimento técnico sobre o uso de derivativos. Além disso, a relevância estatística da aversão ao risco indica que quanto maior a aversão ao risco, maiores as chances de o produtor utilizar derivativos para proteção de preços, indicando que a aversão ao risco reforça a necessidade de não participar da volatilidade do mercado. Espera-se que a presente pesquisa possa contribuir com um modelo de soluções para aumentar a utilização dos instrumentos financeiros (hedge), melhorando assim a gestão integrada dos riscos dos produtores rurais, perpetuando a longevidade à este tipo de negócio.
  • Dissertação
    O uso de derivativos para gestão de riscos reduz o custo de capital próprio das empresas? Uma análise para o mercado brasileiro durante o período de 2014 a 2023
    (2024) Coiro, Rafael Soares
    Este estudo investiga o impacto do uso de derivativos no custo de capital próprio de empresas brasileiras não financeiras, no período de 2014 a 2023. Motivado pelo crescimento do mercado de derivativos no Brasil e pela relevância das políticas de gestão de riscos, o trabalho busca avaliar se a prática de hedging, amplamente adotada em mercados globais, também proporciona redução do custo de capital no contexto brasileiro. Com base em uma amostra de 197 empresas e utilizando uma abordagem econométrica de painel dinâmico via GMM, o estudo não encontra evidências estatisticamente significativas de que o uso de derivativos diminua o custo de capital próprio no Brasil. Essa conclusão contrasta com os resultados observados em economias desenvolvidas, sugerindo que, em mercados emergentes caracterizados por alta volatilidade macroeconômica e financeira, os derivativos podem não ser suficientemente eficazes para mitigar os riscos percebidos pelos investidores. No Brasil, fatores como a percepção elevada de risco, alimentada por incertezas políticas e econômicas, e a falta de padronização na divulgação de informações sobre políticas de hedge podem limitar os benefícios dessa prática na redução do prêmio de risco exigido pelos investidores. Além disso, a pesquisa corrobora estudos realizados em outros mercados emergentes, como Malásia e África do Sul, destacando possíveis diferenças estruturais nos benefícios do hedging entre economias desenvolvidas e emergentes, onde o contexto econômico e institucional pode desempenhar um papel determinante na efetividade das estratégias de gestão de risco.
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    Dissertação
    O Impacto do uso de derivativos no risco das empresas
    (2011) Skowronek, Renato Gradia
    Ao final do ano de 2008, em plena crise financeira mundial, e com a alta expressiva da taxa de câmbio - que chegou a atingir 2.51 R$/USD - algumas empresas brasileiras divulgaram publicamente perdas relevantes com operações de derivativos. Tais perdas suscitaram a discussão acerca da Governança Corporativa e do uso de contratos derivativos de forma não condizente com o tamanho, as políticas e os objetivos principais previstos nos estatutos sociais das empresas. Resumindo, vieram à tona perguntas como: as empresas estão contratando derivativos para especular? Qual o impacto dessas operações no risco das empresas? Este trabalho não tem o objetivo de explicar o porquê e como as empresas realizaram tais operações, mas sim investigar qual o impacto dos derivativos no risco das empresas. A conclusão obtida foi que existe relação estatisticamente significativa entre o uso de derivativos e o perfil de risco das empresas, sendo que empresas usuárias de derivativos estão associadas com menores riscos, e empresas não usuárias estão associadas com maiores riscos.
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    Dissertação
    Apreçamento de créditos de carbono por meio de modelos estocásticos: European Allowance Units da segunda fase do European Union Emission Trade Scheme
    (2007) Fraga, Rodrigo Mariti
    No ano de 2006, o mercado mundial de crédito de carbono movimentou o equivalente a 22,5 bilhões (vinte e dois bilhões, e quinhentos milhões de euros), tendo sido transacionados aproximadamente 1,6 bilhões de toneladas de créditos de carbono, segundo a Point Carbon (2007). Dada importância de tal novo mercado, a partir de uma adaptação dos modelos e da metodologia apresentada em Xu (2004), a presente dissertação avalia empiricamente por meio dos dados diários dos preços à vista e futuros de European Allowance Units – EUAs negociados na European Climate Exchange – ECX, no período de 3 de maio de 2005 a 29 de junho de 2007, se modelos de reversão à média são capazes de refletir de modo adequado a distribuição real observada nos preços dos créditos de carbono para a segunda fase do EU ETS – European Union Emission Trade Scheme. Para isso, foi construída uma carteira em bases diária formada com preços à vista teóricos das European Allowance Units da segunda fase do EU ETS, e com os contratos futuros existentes em cada dia de modo a estimar os parâmetros livres de risco que permitissem que os preços futuros teóricos fossem iguais aos preços futuros reais observados no mercado. A fim de testar o poder de previsão de cada modelo, testou-se após o processo de calibragem se as curvas do futuro geradas pelos modelos refletiam as curvas do futuro, e foram analisados os modelos que atenderam a tal critério de exclusão. Os resultados encontrados na presente pesquisa dão suporte à conclusão de que as European Allowance Units da segunda fase do EU ETS podem ser apreçadas por meio dos modelos de dois fatores, com reversão à média e sazonalidade, apresentados por Xu (2004) para apreçar gás natural. Todavia, apesar destes modelos terem sido capazes de refletir adequadamente as curvas dos mercados futuros reais, os gráficos qq plot apresentados nas Ilustrações 21 a 23 abaixo demonstram que a distribuições das séries de preços de European Allowance Units não são normais. Esse resultado mostra que os modelos utilizados não capturam adequadamente as distribuições nas caudas das séries, e que talvez fosse adequado à inclusão de volatilidade (variância) estocástica nos modelos, tal como volatilidade GARCH, transformando os modelos em modelos de três fatores estocásticos. Esta dissertação teve por objeivo avaliar European Allowance Units da segunda fase do EU ETS por meio de processos estocásticos, e apresentar: (i) os parâmetros livres de risco que podem ser utilizados para apreçar outros derivativos relacionados a créditos de carbono, tais como opções, swaps, futuros de CER, dentre outros; e (ii) modelos calibrados para preços de European Allowance Units que podem ser utilizados no desenvolvimento de ferramentas de gestão de risco de mercado para preços de European Allowance Units.
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    Dissertação
    Apreçamento de derivativos de taxa de câmbio no modelo de volatilidade local estocástica
    (2011) Araujo, Maikon Alves De
    Este trabalho apresenta um estudo sobre modelo de volatilidade local estocástica. Como podemos calibrá-lo a partir de dados de mercado e utilizá-lo para apreçamento e hedge de derivativos nanceiros por meio de técnicas numéricas como o método de diferenças nitas. Propomos aqui como implementar este modelo em um esquema de discretização para equações diferenciais parciais. Apresentamos também resultados de apreçamento e hedge obtidos de dados do mercado Brasileiro para um exemplo de uma opção europeia de compra neste modelo.
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    Dissertação
    A Utilização de Derivativos Aliada às melhores práticas de governança corporativa adiciona valor para os acionistas?
    (2009) Steagall Junior, Lincoln
    Se por um lado derivativos podem trazer vantagens para as empresas, como suavização dos fluxos de caixa, maior acesso às linhas de financiamento e diminuição de taxas de empréstimo, por outro podem trazer sérios riscos se forem usados indevidamente. Pode-se citar, por exemplo, as exposições excessivas a derivativos em 2008, que tinham como motivador a diminuição do custo financeiro para as tesourarias das empresas e tornaram-se desastrosas com o advento da crise financeira global iniciada em Setembro de 2008. Boas práticas de Governança Corporativa trazem maior transparência e aumentam a proteção dos acionistas minoritários contra atitudes prejudiciais por parte dos controladores. Dessa maneira, seria esperado que a adoção dessas práticas diminuísse a possibilidade da utilização prejudicial dos contratos de derivativos. Este trabalho visa investigar se a utilização de derivativos aliada às melhores práticas de governança corporativa cria valor para as empresas. Para isso foi analisada uma amostra de empresas brasileiras não-financeiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, entre os anos de 2004 e 2007 e rodadas regressões em painel. A criação de valor foi medida através do Q de Tobin. Os resultados confirmam a princípio que apenas a Governança Corporativa agrega valor à firma, mas não a utilização de derivativos de uma maneira geral. Foram encontradas evidências muito fracas de que a utilização de derivativos aliadas às práticas de Governança Corporativa especificamente no quesito Estrutura Acionária adiciona valor para o acionista.